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 | 23/03/2003 01h13min

EUA informam que três jornalistas podem ter morrido no Iraque

Militares norte-americanos, citando relatos não confirmados, disseram que três jornalistas que cobriam a invasão ao Iraque podem ter sido feridos ou mortos durante combates no sul do país.

O general do Exército americano Guy Shields, diretor do Centro de Informação à Imprensa da Coalizão, baseado no Kuwait, disse ter informação a respeito de jornalistas envolvidos em quatro incidentes diferentes – eles trabalhavam de forma independente das forças norte-americanas e britânicas.

– Recebemos ligações telefônicas de jornalistas que contataram o centro de imprensa enquanto estavam sob o fogo cruzado, pedindo ajuda – declarou durante um entrevista coletiva.

– Temos relatos não verificados de que tais incidentes tenham resultado em pelo menos três vítimas, que foram feridas gravemente ou que morreram. Digo que os relatos não foram verificados porque não temos como saber o que acontece com profissionais independentes que cruzaram a fronteira.

Ele pediu aos jornalistas, muitos dos quais baseados no Kuwait, para que não cruzem a fronteira até que a região sul do Iraque seja considerada segura. Disse ainda que há uma grande diferença em garantir a segurança de uma região militarmente e remover cada "pessoa má intencionada com uma arma".

Na região norte do Iraque, um carro-bomba explodiu próximo à fronteira com o Irã, matando um cinegrafista australiano e uma outra pessoa. Oficiais curdos acusaram o grupo islâmico Ansar al-Islam pelo ataque. Os EUA acusam o grupo de manter ligação com a Al-Qaeda de Osama Bin Laden.

Shields relatou os incidentes no sul do Iraque da seguinte maneira:

– Vinte e quatro jornalistas viajando em comboio informaram estar sob fogo cruzado no porto de Umm Qasr, no sul do Iraque, e tiveram que ser resgatados por forças norte-americanas, que os escoltaram até a fronteira do Kuwait, onde ficaram a salvo.

Dois veículos transportando jornalistas também ficaram sob fogo cruzado na mesma região, mais tarde, no mesmo dia. Houve informes a respeito de jornalistas detidos e possivelmente feridos por iraquianos. Também houve relatos de jornalistas em locais de batalha em Nassiriya.

O Centro de Informação à Imprensa da Coalizão credenciou 529 jornalistas para acompanhar forças terrestres norte-americanas e britânicas, além de 1.445 jornalistas independentes. As informações são da agência Reuters.

 
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