O diretor superintendente da Figueirense Participações, Thiago Camargo d'Ivanenko, afirmou que o clube corre contra o tempo para anunciar logo um substituto para o técnico Pintado, que rescindiu contrato na manhã desta segunda-feira. Por isso, pode ser que o nome seja anunciado até quarta-feira, quando o alvinegro recebe o Sampaio Corrêa (MA) precisando vencer por 1 a 0 para se classificar à próxima rodada da Copa do Brasil.

— Queremos anunciar o novo técnico o mais breve possível, pode ser que até quarta-feira. Estamos trabalhando neste sentido. Caso contrário, o (João Batista) Abelha será o treinador com o Hemerson Maria, da base, como auxiliar, até que o novo técnico seja anunciado — explicou à reportagem do clicRBS.

A necessidade de mudar, para o superintendente, está diretamente relacionada ao planejamento do clube. Foi uma correção no percurso do Figueirense rumo aos seus objetivos — a classificação ao quadrangular final do Catarinense, o retorno à Série A e uma boa campanha na Copa do Brasil.

— Tudo se explica através de resultados. A gente sabe que o planejado é você obter o êxito no campeonato estadual, fazer uma belíssima participação na Copa do Brasil e ascender à Série A. Algumas coisas fazem a gente corrigir a rota, mas não fazem com que a gente mude o planejamento. Estamos corrigindo a rota para tentarmos a classificação no Estadual — explicou.

O perfil procurado pelo Figueirense

E qual é o perfil deste treinador? O que busca o Figueirense?

— Um cara que queira buscar seu espaço, que tenha ambição, que seja conhecedor de futebol, estudioso de futebol. Queremos um técnico que trabalhe bastante para que possa conquistar os nossos objetivos. Não que o Pintado não fosse assim, mas o momento de mudar independe das características do treinador — contou d'Ivanenko, negando ainda que este profissional estivesse no futebol catarinense.

— Já surgiram nomes no futebol catarinense mas não passa de especulação — completou.

Sem temer a mudança

No ano passado, o Figueirense sofreu com constantes trocas de técnicos. Foram cinco comandantes diferentes, isto só durante a Série A. Desta vez, porém, o clube não teme que mais prejuízos ocorram em função da troca de comando logo no primeiro campeonato da temporada.

— A gente não teme porque vamos evitar que isto aconteça. No ano passado realmente houve excesso de troca de técnicos em função de resultados. Por isso estamos avaliando, já temos alguns nomes e esperamos que, com o próximo técnico, os resultados apareçam para que não corramos o risco de cometer erros do ano passado — declarou.

Contratado para ajudar o Figueira a fugir da degola, ele chegou ao objetivo de nove pontos nos três últimos jogos pela Série A, mas como dependia de outros resultados, acabou caindo para a Segundona. O cumprimento do objetivo inicial do clube, no entanto, fez com que ele permanecesse e ganhasse força no plantel.

Pintado foi o quinto treinador que passou pelo clube em 2008, precedido por Mário Sérgio, PC Gusmão, Guilherme Macuglia e Alexandre Gallo. Ele comandou a equipe alvinegra em 16 partidas, acumulando seis vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

A avaliação sobre a saída de Pintado foi realizada na manhã desta segunda-feira, após uma derrota de virada para o JEC em pleno Orlando Scarpelli.

— A idéia ontem (domingo) era mantê-lo. Mas em uma reunião hoje de manhã fizemos avaliações de tudo o que está acontecendo e em comum acordo entendemos que era o momento de encerrar a relação para que cada um seguisse seu caminho — explicou o dirigente.

Copa do Brasil está aí

Quando ficou decidido que Pintado deixaria o clube, a preocupação se voltou também para a proximidade do jogo pela Copa do Brasil. No entanto, d'Ivanenko afirmou que o clube não poderia deixar passar o momento da troca de comando.

— O clube entendeu que era o momento e, quando ele chega, não se pode desviar, deixar passar, o futebol não perdoa estas coisas.

Jogadores com responsabilidade de vitória

Apesar da mudança no comando do time, o desempenho dos jogadores no Orlando Scarpelli não poderá ser afetado. De acordo com d'Ivanenko, o grupo está consciente de sua responsabilidade.

— Independente de quem vai estar à beira do campo, os jogadores tem a consciência do quão importante é classificar.