Enquanto Celso Roth explicava na entrevista coletiva as razões do 1 a 1 com o Ypiranga em casa, o presidente Duda Kroeff, o vice de futebol André Krieger e o diretor Luiz Onofre Meira fizeram reunião de emergência no vestiário. Mantiveram o técnico no cargo e definiram ações que serão tomadas a partir de hoje. A principal delas será uma série de reuniões entre a direção, a comissão técnica e os jogadores para avaliar os erros e dividir responsabilidades. 

– Estamos bancando o Celso e, agora, vamos falar com os jogadores olho no olho. Reavaliaremos todo o trabalho para encontrar o equilíbrio entre o Grêmio que enfrentou o Universidad de Chile e o Grêmio que jogou o Gre-Nal – disse Meira.

No rápido e improvisado encontro, ficou decidido também que o início da viagem para a Colômbia será retardado em 24 horas. Em vez de sair de Porto Alegre domingo à noite e pernoitar em São Paulo, o Grêmio treina na segunda-feira à tarde e só depois toma um voo para a capital paulista. Na terça-feira pela manhã, a delegação ruma para Bogotá, onde faz conexão para Cáli. No dia do jogo, o time volta para a capital colombiana. A definição da sede do jogo de quarta-feira sai hoje.

Jogadores foram vaiados por comemorar gol com o técnico

Até a partida contra o Boyacá, Roth permanece. Seguirá no cargo se trouxer, pelo menos, um empate. Segundo informação que circulou nos bastidores ontem, Ney Franco foi sondado. Mas seria difícil romper o contrato com o Botafogo.

Ontem, Roth viveu um de seus piores momentos em um ano e 12 dias de Olímpico. Foi vaiado das 18h15min, quando desembarcou do ônibus do clube na porta do vestiário, até as 22h30min, enquanto concedia entrevista e escutava ao fundo os gritos de “Fora, Roth”, entoados por cerca de cem torcedores que foram protestar no pátio do estádio.

Os gremistas ainda remoem a derrota no Gre-Nal. Durante o jogo, faixas pediam a saída do técnico nas arquibancadas. Quando os alto-falantes do estádio divulgaram a escalação do Grêmio, houve vaia estrondosa ao anúncio do nome de Roth.