O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, disse em entrevista coletiva nesta terça, dia 25, que vai aos Estados Unidos nesta quarta, dia 26, para debater com o presidente George W. Bush em Camp David a situação humanitária no Iraque. Na quinta, dia 27, seguirá para Nova York, onde tem um encontro marcado com o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Segundo Blair, a ONU terá um papel indispensável nos esforços de recuperação do Iraque após o conflito.

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, rebateu nesta terça as críticas de que a ação das forças de coalizão causarão uma catástrofe humanitária no Iraque. Blair afirmou que esse problema já existe no país, onde 60% da população depende da ajuda das Nações Unidas para se alimentar.

– Devemos deixar claro que não será o Exército que vai criar uma catástrofe humanitária. Isso já ocorre há tempos. Sessenta por cento  dos iraquianos dependem de ajuda para comer. Mais da metade dos que vive em áreas rurais não têm acesso a água potável. Estamos determinados a levar alívio humanitário para os iraquianos – disse.

O premiê frisou que será necessário perseverança, pois as tropas de elite e o mau tempo têm dificultado os trabalhos do exército aliado, mas o avanço dos soldados anglo-americanos segue como o esperado pelas forças de coalizão. Segundo ele, os soldados chegaram a Karbala, ao sul de Bagdá, e enfrentavam a divisão de elite Medina, da Guarda Republicana.

– A divisão Medina está agora sob forte ataque aéreo, embora as condições climáticas vão dificultar isso – afirmou na entrevista em Downing Street.

Blair disse ainda que as fronteiras do Iraque serão preservadas e nenhum tipo de resolução será encaminhada com o objetivo de alterá-las. Ele se mostrou satisfeito com o entendimento do governo turco em relação aos limites da Turquia e do Iraque.

– A integridade do território iraquiano será respeitada – declarou o premier britânico.

Com informações da Agência Reuters.