| 25/03/2003 11h50min
O assalto à capital iraquiana é fortemente preparado para esta terça, dia 25, pelas forças de coalizão encabeçadas pelas tropas do presidente norte-americano George W. Bush. Bombardeios aéreos sobre a periferia sul de Bagdá têm como alvos principais quartéis da Guarda Republicana. A resistência das cidades sulistas, no entanto, permanece.
Neste sexto dia de combates, os Estados Unidos voltaram a afirmar terem tomado o controle total de Umm Qasr. As informações vão além e dão conta de que uma coluna de 4 mil marinheiros norte-americanos avançaram sobre as águas do Rio Eufrates, na cidade de Nasiriya, depois de combates violentíssimos, dos quais, estima-se, 30 iraquianos teriam sido mortos. Um correspondente da agência de notícias Reuters garante ter visto os corpos mutilados em meio a veículos destruídos.
O objetivo dos ataques das unidades aliadas é a Guarda Republicana de Saddam Hussein. Os ataques visam a fazer curvar a corporação iraquiana de elite, dirigida por um dos filhos do ditador.
Nesta terça, a III Divisão norte-americana de infantaria se encontra a cerca cem quilômetros ao sul de Bagdá. A maioria das tropas, entretanto, pode estar ainda muito distante.
No Norte do Iraque, as forças dos EUA bombardearam quase sem interrupção durante 24 horas a cidade petrolífera de Kirkuk, possível indicação da abertura de uma segunda frente. Um bombardeiro pesado norte-americano B-52 decolou da base de Fairford (Oeste da Grã-Bretanha) com destino desconhecido. Seis navios de guerra com bandeira dos Estados Unidos entraram no Canal de Suez para unir-se à Marinha concentrada no Golfo.
Ainda neste dia 25, o chefe do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Richard Myers, disse acreditar que a batalha mais violenta entre tropas aliadas e forças militares iraquianas ainda está por ocorrer. Myers se disse informado sobre a situação e preparado para os combates.
As operações norte-americanas se viram prejudicadas por uma forte tempestade de areia que atingiu tropas nas proximidades de Najaf, a 160 quilômetros ao sul da capital iraquiana. A visibilidade nessa zona do país não ultrapassava 500 metros. Os norte-americanos passaram a trabalhar com a possbilidade de o fenômeno se tornar um problema sério nos próximos dias.
Desde essa segunda, as forças iraquianas derrubaram três helicópteros, destruiram mais de 30 veículos militares e mataram oito soldados da coalizão em Muthana (sul) e Umm Al-Cheyukh (centro), garantiu o ministro iraquiano da Informação, Mohammed Said Al-Sahhaf. Nesse mesmo dia, os ataques suicidas coordenados pelo Iraque tiveram início. O porta-voz do governo do Exército, Hazem Al Rawi, revelou que a investida de um iraquiano resultou na destruição de um tanque da coalizão. O incidente teve lugar na Península de Fao.
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