O Figueirense recebe o Fortaleza nesta quarta, dia 26, pelo primeiro confronto da segunda fase da Copa do Brasil. O jogo será no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, a partir das 20h30min. Assim como o Figueira, o Fortaleza foi campeão estadual no domingo. Em sua campanha, o clube cearense perdeu apenas uma partida.

O jogo aéreo da equipe nordestina é a principal preocupação do Furacão. Para evitar um gol de cabeça, o time catarinense procurou melhorar o posicionamento da defesa em lances de cruzamento para a área no treinamento desta terça à tarde. O técnico Vágner Benazzi orientou os zagueiros Márcio Goiano e Eloy e os demais guardiões da defesa, Marcinho, Luciano Sorriso e Paulo Sérgio.

Os escanteios ou faltas próximas à linha de fundo foram os tormentos da equipe neste primeiro semestre. No domingo, por exemplo, teve que buscar a virada na decisão do Catarinense 2003 após sair atrás no placar em um lance deste gênero.

O objetivo primordial é evitar tomar gols do Fortaleza, fator que pode facilitar bastante a classificação para a próxima fase. Na Copa do Brasil, o regulamento prevê o chamado "gol qualificado".

No caso de empate em pontos e saldo de gols após os dois jogos, passa adiante quem foi menos vazado dentro de casa. Isso garante que a única possibilidade da disputa acabar nos pênaltis é se os dois placares forem rigorosamente iguais.

Um agravante para a noite desta quarta: o Fortaleza elimina o Figueira se vencer por dois gols de diferença.

Outra preocupação do Figueirense é com os dois bons cabeceadores do Fortaleza: o zagueiro Fernandão e o atacante Calmon, que defendeu o Avaí na Série B do ano passado. Além disso, o time nordestino conta com um exímio cobrador de faltas e escanteios, o habilidoso atacante Clodoaldo.

– Temos que tomar cuidado, o Fortaleza é forte no jogo aéreo, além de contar com um time compacto, que está junto há bastante tempo – explica Benazzi.

A única mudança no alvinegro em relação à formação que foi campeã catarinense no último domingo é a saída do atacante Jocimar para a entrada de Renato Santiago. Sai um atacante de referência na área, o clássico centroavante, e entra um atleta de movimentação.

Mas a alteração não foi motivada apenas por aspectos táticos. As chances perdidas por Jocimar nos últimos jogos acabaram provocando sua saída ainda no intervalo da decisão do fim de semana contra o Caxias, quando foi substituído por Bebeto.

Do outro lado do campo, o Figueirense vai encontrar um velho conhecido nesta noite. O técnico Luiz Carlos Cruz, que dirigiu o time de Florianópolis durante a Copa João Havelange, em 2000, está no comando do Fortaleza há mais de um ano.

Só pelo tempo já dá para notar que o prestígio do treinador catarinense no nordeste é grande. Pudera: assim como Vágner Benazzi fez no Figueira, Cruz foi campeão Estadual e levou o clube à Série A do Brasileiro, após o vice-campeonato na Série B 2002.

Confiante no grupo que tem nas mãos, Cruz não solicitou nenhuma contratação à diretoria para a disputa da Série A, a partir de domingo. O elenco já não é o mesmo que foi vice da Série B, mas ainda conta com a estrela de Clodoaldo, xodó da torcida.

O único desfalque para esta quarta é o lateral-direito Sérgio, que está com uma infecção respiratória e vai ser substituído por Chiquinho. O zagueiro Márcio Giovanini e o meia Wesley, ambos recém-contratados, ainda não foram regularizados.

Com informações do Diário Catarinense.