| 29/03/2009 19h59min
O Brasil saiu no lucro. Pressionado o jogo inteiro, o time do técnico Dunga passou sufoco, mas arrancou um empate em 1 a 1 contra o Equador neste domingo, em Quito, pelas 11º rodada das Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo de 2010.
Destaque do jogo, o goleiro Júlio César evitou que o Brasil sofresse uma derrota ou até mesmo uma goleada. Ele só não conseguiu segurar o chute de Noboa, aos 44 minutos do segundo tempo. Júlio Baptista havia aberto o placar poucos minutos antes.
Com o resultado, a Seleção Brasileira foi ultrapassado pela Argentina e caiu para a terceira posição na classificação, com 18 pontos – um a menos do que os hermanos. O Equador segue em sétimo, com 13. O líder ainda é o Paraguai, com 23 pontos.
Agora a Seleção se prepara para enfrentar o Peru, na próxima quarta-feira, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. A chegada da delegação na capital gaúcha está prevista para a manhã desta segunda-feira. Nessa partida, Dunga deve ter o retorno do meia Kaká, desfalque contra os equatorianos.
Noventa minutos de sufoco
O técnico Sixto Vizuete prometeu e cumpriu. Os equatorianos exploraram a força física e a velocidade para sufocar o Brasil no campo de defesa. Deu certo. Nos primeiros 45 minutos, o time de Dunga mal viu a cor da bola.
Foram 15 finalizações para os equatorianos, contra apenas três dos brasileiros. Não fosse a grande atuação do goleiro Júlio César, o time de Dunga teria sido goleado. Aos 14 minutos, ele defendeu chute de Guerrón na pequena área. Valencia ainda acertou o travessão aos 21.
Assustada, a Seleção não soube como sair da pressão. Os laterais não conseguiram abrir espaço nas pontas. No meio a situação foi ainda pior. Os volantes Gilberto Silva e Felipe Melo não contribuíram para a saída de bola, enquanto Ronaldinho e Elano estavam em dia pouco inspirado. Robinho e Luís Fabiano ficaram isolados no ataque.
Depois de dar um único chute a gol no primeiro tempo, com o lateral Marcelo, a Seleção voltou melhor para a segunda etapa. O time melhorou com a entrada de Josué no lugar de Elano. Mas o Equador seguia pressionando. E Júlio César salvando. Aos 18, o goleiro fez novo milagre em chute à queima-roupa de Guerrón.
Mas a substituição que realmente mudou a Seleção foi a entrada de Júlio Baptista no lugar de Ronaldinho. Em menos de dois minutos em campo, o atacante da Roma fez mais do que o primeiro havia feito em todo o jogo. Aos 27, ele recebeu passe de Robinho na entrada da área e chutou forte. A bola bateu na trave, nas costas do goleiro Cevallos e entrou.
O gol abalou a confiança do time equatoriano. Luís Fabiano, logo depois, teve chance de marcar o segundo, em chute que explodiu na trave. Mas os donos da casa não desistiram facilmente. E a insistência deu resultado aos 44. Júlio César defendeu chute de Benítez quase na linha do gol, mas o rebote ficou para Noboa empatar.
EQUADOR (1)
Cevallos; Reasco, Hurtado, Espinoza e Ayovi;
Castillo, Méndez, Guerrón (Noboa) e Valencia; Caicedo (Palacios) e Benítez.
Técnico: Sixto Vizuete.
BRASIL (1)
Júlio César; Maicon (Daniel Alves), Lúcio, Luisão e Marcelo; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Josué) e Ronaldinho (Júlio Baptista); Robinho e Luís Fabiano.
Técnico: Dunga.
Gols: Júlio Baptista (B), aos 27, e Noboa (E), aos 44 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Ayoví (E); Elano, Gilberto Silva, Marcelo e Daniel Alves (B). Arbitragem: Carlos Chandía, auxiliado por Lorenzo Acuña e Sérgio Roman (trio do Chile). Público: 39.639. Renda: US$ 919.389,00. Local: Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito (Equador).
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