| 27/03/2003 01h23min
As forças da coalizão estão se preparando para uma grande batalha contra tropas de elite iraquianas na região de Najaf, 150 km ao sul de Bagdá. Um grande coluna de soldados da Guarda Republicana iraquiana, com cerca de mil veículos, deixou nesta quarta Bagdá em direção à cidade. A rede de televisão norte-americana CNN disse que a tropa de elite de Saddam Hussein estava se locomovendo sob uma forte tempestade de areia, que vem atingindo o Iraque nos últimos dias. Fontes militares americanas informaram que cerca de mil veículos militares estão seguindo para Karbala, cerca de 70 km ao norte de Najaf.
Enquanto isso, uma brigada de mil pára-quedistas americanos saltou na área do norte do Iraque dominada pelos curdos e tomou um campo de pouso. O avanço é considerado fundamental para a abertura de uma frente de batalha terrestre no norte, onde os alvos primários seriam as cidades de Mosul e Kirkut, dominadas por Saddam Hussein. Como a Turquia não permitiu que tropas norte-americanas cruzassem sua fronteira com o Iraque, os Estados Unidos tiveram de utilizar equipes de pára-quedistas para tomar a região.
Ondas de explosão sacudiram Bagdá na madrugada de quinta-feira (noite de quarta em Brasília) no momento em que a capital iraquiana ultrapassava a sombria marca de uma semana de bombardeio, desde que os Estados Unidos iniciaram uma guerra para derrubar o presidente iraquiano Saddam Hussein. Disparos de artilharia antiaérea podiam ser ouvidos durante as últimas dez explosões, pouco antes das 4h da manhã (22h da quarta-feira em Brasília).
Esta quarta-feira foi marcada por um dos piores erros da coalizão, que resultou no maior massacre de civis iraquianos até o momento. Dois mísseis atingiram um bairro residencial no norte da capital iraquiana, matando pelo menos 16 moradores e deixando cerca de 30 feridos. O episódio é considerado o maior retrocesso até agora nos esforços anglo-americanos em minimizar baixas civis para reduzir a oposição da opinião pública à guerra.
O comando central americano no Catar admitiu que as forças aliadas haviam executado um bombardeio, mas tentou responsabilizar o Iraque por ter colocado instalações bélicas "dentro de uma área residencial". O Pentágono vai investigar o acidente. O general Stanley McChrystal chegou a afirmar que a tragédia pode ter sido causada pelas baterias antiaéreas iraquianas ou por um míssil que tenha se desviado de sua trajetória.
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