| 31/03/2009 13h37min
As famílias das três vítimas do acidente ocorrido no dia 15 de janeiro com a delegação do Brasil de Pelotas receberam neste final de março o pagamento integral do acordo financeiro com o clube. Na tragédia, morreram os jogadores Régis e Claudio Milar, e o preparador de goleiros Giovani Guimarães.
O departamento jurídico xavante havia estabelecido acordos com prazo de cumprimento até maio. Mas o clube se sensibilizou com a situação das famílias, e destinou os recursos originados pelos patrocínios recentes à quitação dos acordos indenizatórios.
Os valores não foram divulgados, nem pelo clube, nem pelas famílias, para preservar os envolvidos. O cálculo teve como base diversas referências jurídicas, como os contratos e as obrigações trabalhistas.
– Do Brasil eles me deram tudo. Era até maio o acordo, mas sabendo da minha situação eles adiantaram. Eu não sabia nem por onde começar depois do acidente, mas eles deram tudo o que eu pedi. O Régis sempre confiou muito no presidente Helder – garante Cristiane Rockembach Ferreira, 30 anos, viúva do zagueiro Régis, em sua primeira entrevista após a tragédia.
A advogada que representa Silvia Carolina, viúva de Claudio Milar, também confirma a quitação do acordo:
– Tudo o acordado foi cumprido – afirma a advogada Marisa Leitzke Buss.
O mesmo se deu com a família de Giovani Guimarães. O pagamento integral, de forma antecipada, foi realizado no dia 20 de março.
– Toda a questão financeira com o Brasil está resolvida. O auxílio combinado foi entregue – conta Márcia Rejane Vieira Guimarães, irmã de Giovani.
Segundo o presidente Helder Lopes, dos patrocínios firmados com três empresas após o acidente, poucos recursos sobraram para investimento no futebol. Isso porque o Brasil também teve gastos com atendimento médico aos feridos, além da manutenção do contrato de trabalho com todos os envolvidos.
A prioridade do clube foi cumprir com os acordos, não apenas pela obrigação jurídica, mas principalmente pela vinculação do Xavante com as três vítimas.
– Tínhamos um compromisso legal, mas acima de tudo um compromisso moral. E esse compromisso moral fazemos questão de cumprir – explica o presidente Helder Lopes.
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