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A polícia da Malásia usou gás lacrimogêneo para dispersar uma manifestação não-autorizada neste sábado, dia 29, enquanto em Bangladesh as autoridades colocavam arame farpado nas ruas para evitar a chegada de uma passeata à embaixada dos Estados Unidos, em mais um dia de protestos na Ásia contra a guerra no Iraque.
Em Bangladesh, a maioria dos manifestantes era do grupo radical Movimento da Constituição Islâmica. O grupo gritava ''pare o genocídio no Iraque!'' e queimava bandeiras norte-americanas e fotos do presidente George W. Bush. Os ativistas pediram que Bush e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, sejam julgados por crimes de guerra.
Na Malásia, também um país muçulmano, uma manifestação com 5 mil pessoas organizada pelo partido governista transcorreu sem incidentes. Mas outro protesto, convocado pela oposição muçulmana conservadora, foi dispersado pela polícia e por uma tempestade.
Os cerca de mil manifestantes, a maioria jovens, gritavam slogans contra os Estados Unidos e Israel e a favor do Islã. Pelo menos um cartaz trazia a foto do militante Osama bin Laden e propunha a Jihad (guerra santa).
Após tentarem sem sucesso se aproximar da embaixada norte-americana, cerca de 200 dos manifestantes decidiram rumar para a representação da Austrália, onde a polícia usou gás lacrimogêneo contra o grupo. Alguns manifestantes foram presos.
O governo local é extremamente crítico à ação militar no Iraque, mas pediu à população que não desconte sua ira em alvos britânicos, australianos ou norte-americanos.
A polícia de Pequim emitiu autorização para que cem manifestantes façam uma passeata em um parque fechado na capital chinesa. A China também permitiu que, no mesmo dia, 150 estrangeiros façam uma passeata pela paz, num caminho que passa em frente às embaixadas dos EUA e da Grã-Bretanha.
Apesar de se opor ao conflito, o governo chinês claramente não está interessado em manifestações que possam
abalar suas relações com Washington, como ocorreu
em 1999, quando houve tumultos depois que um avião norte-americano bombardeou, por engano, a embaixada chinesa em Belgrado.
As informações são da agência Reuters.
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