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 | 30/03/2003 16h25min

EUA negam cessar-fogo e falam em paciência

Em declarações realizadas neste domingo, dia 30, o secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, e o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general Richard Myers, negaram qualquer cessar fogo no Iraque e confirmaram que a guerra pode ser longa.

As informações divulgadas pela imprensa de que uma pausa nas operações no sul do Iraque poderia durar um mês ou mais foram abordadas por Rumsfeld no programa This Week, da rede ABC:

– Não temos planos para pausas ou cessar-fogo ou qualquer outra coisa. Nunca tivemos um cronograma. Sempre dissemos que a guerra poderia durar semanas ou meses. Nós não sabemos – disse, após questionado se considerava a possibilidade dos soldados norte-americanos ainda estarem em combate daqui a seis meses.

Já Richard Myers explicou que a campanha anglo-americana no Golfo está ocorrendo conforme o planejado, com as forças norte-americanas e britânicas ocupando 40% do Iraque. Ele deixou claro, no entanto, que não haverá por enquanto nenhuma grande ação militar para tomar Bagdá. Segundo ele, antes de entrar na cidade, os EUA e a Grã-Bretanha querem isolar a liderança do presidente Saddam Hussein e cortá-la do resto do país.

– Não faremos nada antes de estarmos prontos. Certamente não vamos fazer nada que ponha nossos jovens em perigo precipitadamente. Também não vamos colocar civis iraquianos em perigo. Seremos pacientes – comentou Meyers em entrevista à rede de TV NBC.

Em outra entrevista à TV norte-americana, Rumsfeld negou enfaticamente ter passado por cima dos planejadores militares do Exército norte-americano no que se refere às estratégias da guerra.

– Não, absolutamente, não é verdade – disse o secretário depois de informações de que ele e seus conselheiros civis mais próximos haviam remanejado o plano de avanço, descartando pedidos de oficiais militares por mais tropas de assalto e armamento antes do início dos ataques terrestres no Iraque.

Rumsfeld foi questionado sobre informações da revista New Yorker Magazine e de outros veículos de que ele repetidamente rejeitou conselhos dos estrategistas do Pentágono de que mais soldados e armamentos eram substancialmente necessários para a guerra.

– Você poderá ver, se perguntar a qualquer pessoas envolvida no processo no Comando Central, que todas as mínimas coisas demandadas, foram, de fato, atendidas – insistiu.

As informações são da agência Reuters.

 
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