Forças dos Estados Unidos aceleraram seu avanço em direção a Bagdá nesta quarta, dia 2, lançando ataques coordenados em duas frentes contra unidades da Guarda Republicana que defendem o caminho para a capital iraquiana. Fuzileiros navais dos EUA disseram que capturaram uma ponte sobre o Rio Tigre na região central do Iraque. Mais a oeste, a 3ª Infantaria passou a cidade sagrada xiita de Kerbala e avançou ao longo do rio Eufrates.

Bombardeiros dos EUA também atingiram os extremos ao sul de Bagdá, onde acredita-se que a Guarda Republicana esteja entrincheirada e esperando por uma incursão na capital. Bombardeiros B-52 atingiram posições iraquianas no norte do país e helicópteros e caças atacaram as milícias Fedayeen – leais a Saddam – na região da cidade de Najaf.

Os movimentos coordenados nos rios Tigre e Eufrates ao sul de Bagdá acontecem após uma pausa de diversos dias no avanço liderado pelos EUA através do sul do Iraque. O intervalo foi ordenado para reforçar as linhas de abastecimento, que ficaram vulneráveis após as investidas dos primeiros dias.

Em Kerbala, a 3ª Divisão de Infantaria dos EUA lançou seu ataque pouco depois da meia-noite local (18h em Brasília), com apoio de aviões, helicópteros de ataque Apache e barragem de artilharia. Os comandantes esperavam que a batalha para controlar a cidade durasse o dia inteiro. Kerbala fica a 110 quilômetros a sudoeste de Bagdá e tem defesas da divisão Medina da Guarda Republicana. Mas o conflito durou três horas.

Mais ao leste, um grupo de fuzileiros dos EUA estabeleceu uma cabeça de ponte sobre o Rio Tigre. Outro grupo de fuzileiros bombardeou Kut, a 170 quilômetros ao sudeste da capital, mas não ficou claro se entraria na cidade e atacaria a Guarda Republicana no solo.

Fontes militares dos EUA disseram que não desejam cair em lutas de rua no caminho para Bagdá e preferem concentrar seu poder de fogo na capital, com esperança de que a resistência iraquiana relaxe se Saddam cair. Unidades dos EUA avançaram em direção a Bagdá no início da guerra e deixaram para trás cidades nas mãos de forças iraquianas, que realizaram ataques relâmpago contra as linhas de suprimento norte-americanas.

As informações são da agência Reuters.