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O secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, estará presente no encontro que ocorre hoje, em Porto Alegre. Soares considera a criação do Sistema Integrado de Segurança Pública um marco nacional. Abaixo, leia trechos de entrevista concedida a Zero Hora:
Zero Hora - O Rio Grande do Sul é o primeiro Estado a receber o sistema integrado de segurança pública. Qual deve ser a conseqüência disso?
Luiz Eduardo Soares - É um momento nacional. Há grande interesse do Brasil para ver se vai funcionar. Estamos defendendo isso há muitos anos. O Plano Nacional de Segurança do governo Lula tem isso como prioridade. Há grande expectativa, e estamos com esperança. E, em funcionando, os Estados que estão observando essa experiência gaúcha vão querer caminhar nessa direção. Se isso ocorrer, vamos dar um grande salto no Brasil.
ZH - Por quê? O que é o sistema integrado?
Soares - Porque é a primeira vez no
Brasil que os governos estadual e federal, convidando todo mundo, vão trabalhar juntos e organizadamente para enfrentar a criminalidade. É uma coisa simples, que as pessoas podem pensar que sempre aconteceu, mas não acontecia. Um dia no futuro vamos olhar para trás e lembrar desta segunda-feira, pensando %26quot;meu Deus, isso é o óbvio, era o fundamental, como isso demorou tanto a ser feito!%26quot;. Só tinha sido feito em ocasiões especiais, de crise, com forças-tarefas, como no caso do Espírito Santo. Agora, vamos fazer de maneira permanente e organizada. Se todos estiverem unidos contra o crime usando seus recursos, conhecimento, pessoal e tecnologia, o resultado será melhor para todos.
ZH - Como essa integração entre forças policiais deve funcionar na prática?
Soares - Hoje, cada instituição tem a sua pauta, suas prioridades. Esse sistema significa sentar e trocar idéias, um mostrar para o outro o que tem
apurado, o que está acontecendo de grave na sua
área, mostrar qual crime está chamando a atenção. E então decidir juntos o direcionamento de esforços para atacar determinado foco. Se uma polícia precisa que a outra dê apoio, que isso ocorra imediatamente, sem que a negociação demore dois meses, por exemplo. Tudo fica mais ágil, rompendo barreiras burocráticas. E nisso o Poder Judiciário ajudará, pois estará junto, sabendo das necessidades para agir rápido, com mandados.
ZH - Qual sua avaliação da presença do crime organizado no Rio Grande do Sul?
Soares - No Brasil todo há tentáculos. No Rio Grande, está de forma incipiente. Por isso, é importante esse trabalho que estamos começando. Estamos tendo muito apoio do secretário (José Otávio Germano). Há um interesse comum.
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