| 08/04/2003 09h42min
Um dos quatro jornalistas da agência Reuters que ficaram feridos depois do ataque de um tanque dos EUA ao Palestine Hotel nesta terça, dia 8, morreu. Grande parte da mídia internacional está hospedada no local. Um jornalista espanhol também ficou ferido.
O cinegrafista ucraniano Taras Protsyuk, 35 anos, era funcionário da Reuters desde 1993 e trabalhou nos conflitos da Bósnia, Chechênia, Afeganistão e Kosovo. Tinha uma mulher, Lidia, e um filho de oito anos, Denis.
Samia Nakhoul, chefe do escritório da Reuters no Golfo, e o fotógrafo iraquiano Faleh Kheiber foram tratados em um hospital por ferimentos no rosto e na cabeça. Os médicos informaram que os ferimentos não são graves. O técnico de televisão por satélite Paul Pasquale, da Grã-Bretanha, também foi levado para o hospital com ferimentos nas pernas, mas os médicos disseram que ele não corre perigo.
– O comandante da 3ª Infantaria norte-americana disse que um de seus tanques atirou no Palestine Hotel depois que foi atacado do hotel. O incidente nos faz questionar o discernimento dos soldados norte-americanos avançando, que tinham conhecimento de que o local era a principal base de quase todos os jornalistas estrangeiros em Bagdá. A morte de Taras e os ferimentos dos outros foram desnecessários – afirmou o redator-chefe da Reuters, Geert Linnebank.
O general de brigada do Comando Central dos Estados Unidos no Qatar, Vicent Brooks, afirmou que as forças norte-americanas advertiram as agências de notícias de que Bagdá era um local perigoso. No entanto, ele disse não saber que os jornalistas estavam Hotel Palestine.
– Aparentemente, o hotel não é um alvo militar, mas essa decisão é feita por líderes táticos. Tudo após a ação é especulativo – disse Brooks.
As informações são da agência Reuters e da Globo News.
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