O Figueirense jogou mal nesta quarta, dia 9, e acabou deixando o gramado do Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, derrotado por 2 a 0 pelo São Paulo, no primeiro jogo das oitavas-de-final da Copa do Brasil. Os gols foram marcados por Luís Fabiano e Júlio Baptista. Para se classificar, o alvinegro precisa agora praticamente de um milagre: vencer o tricolor no Morumbi por dois gols de diferença, desde que o placar não seja 2 a 0 (o que leva a decisão aos pênaltis). A partida de volta ocorre dia 30.

O alvinegro entrou em campo com quatro mundanças em relação à equipe que começou jogando no empate em 3 a 3 com o Corinthians, no domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Sem estar totalmente recuperado, Paulo Sérgio reassumiu a lateral direita, mostrou a costumeira força física, mas saiu de campo sentindo novamente a lesão no tornozelo.

Na cabeça-de-área, Jeovânio cometeu o erro que originou o segundo gol do São Paulo e deixou evidente a falta que Marcinho, expulso contra o Fortaleza, faz no alvinegro. O atacante Marcelo Régis teve a chance de conquistar a titularidade, mas sua atuação serviu apenas para confundir ainda mais o técnico Vágner Benazzi, que ainda não encontrou o parceiro ideal para Evair.

A exceção foi o lateral-esquerdo Émerson Ávila. Ele substituiu Filipe e mostrou qualidade apoiando o ataque, embora a falta de ritmo de jogo tenha lhe dificultado a marcação no setor.

O Figueirense só foi melhor que o São Paulo até os primeiros 18 minutos de jogo. Aproveitando os erros de passe na saída de bola e a deficiente marcação do tricolor sobretudo pela lateral direita, ocupada pelo improvisado volante Fábio Simplício, o time catarinense chegava com velocidade até a entrada da área, mas sem finalizar a gol.

Aos 18, a melhor – e única –chance aguda de gol para o alvinegro: Marcelo Régis roubou a bola no meio-de-campo, arrancou pela meia esquerda, mas pecou na hora do arremate, chutando torto para linha de fundo, à esquerda do goleiro Roger.

A partir daí, o tricolor corrigiu a marcação e começou a ganhar o meio-de-campo. A melhor chance tricolor na etapa surgiu aos 39 minutos. O atacante Luís Fabiano pegou o rebote, dentro da área e de frente para o gol, mas chutou por cima da meta defendida por Édson Bastos.

As duas equipes voltaram para a etapa final sem mudanças, e logo aos 45 segundos o São Paulo abriu o placar. Depois da cobrança de falta de Ricardinho pela direita, Luís Fabiano ganhou a disputa contra o capitão Márcio Goiano dentro da área e desviou de cabeça para fazer 1 a 0. Dos últimos oito gols sofridos pelo Figueira, nada menos que sete foram de cabeça.

Após o gol, o alvinegro tentou reagir com rapidez mas esbarrou na bem postada defesa tricolor. O time da casa só chegou perto do empate aos 26, quando Cléber dominou a bola depois de cobrança de escanteio e, da marca do pênalti, girou de esquerda, obrigando Roger a defender com os pés.

Aos 35, o São Paulo ampliou. Bilu perdeu a bola no ataque e propiciou contragolpe em bloco do adversário. Na seqüência, Jeovânio chegou a interceptar o ataque tricolor, mas errou o passe. O São Paulo roubou novamente a bola e, após bonita triangulação, Júlio Baptista recebeu livre dentro da área e tocou na saída de Édson Bastos.

Apesar da derrota, a torcida presente ao Scarpelli foi generosa: reconheceu a superioridade do São Paulo e aplaudiu o Figueira ao fim da partida.

A direção alvinegra informou que três jogadores obtiveram condições de jogo nesta quarta: o volante Vágner Mancini, o meia Luiz Fernando e o atacante Sandro Hiroshi.