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O complexo que abriga a sede da inteligência militar iraquiana em Bagdá foi tomado por soldados norte-americanos armados com tanques e veículos blindados nesta sexta, dia 11. Em meio à desordem social instaurada na capital do Iraque, a população invadiu o local à procura de parentes desaparecidos.
Uma explosão chegou a ser notada no complexo. Antes da chegada das tropas dos Estados Unidos, civis se puseram a escavar vertiginosamente o lugar, afirmando acreditar que parentes estivessem presos em celas subterrâneas, usadas pelo temido aparato de segurança de Saddam Hussein.
No norte, em Kirkuk, as forças norte-americanas espalharam-se pelos campos de petróleo em uma operação para assumir o controle sobre a produção do combustível na região. A captura da cidade, capaz de produzir 900 mil barris de petróleo por dia, colocaria nas mãos dos EUA quase todo o petróleo do país árabe, que possui a segunda maior reserva do mundo.
Soldados da 173ª Divisão Aerotransportada montavam guarda atrás de cercas de arame farpado erguidas ao longo das estradas que levam às instalações de Baba Gagur, uma das várias da região de Kirkuk, responsável por 40% da produção do Iraque antes da guerra.
Os 408 poços de petróleo da região parecem não ter sido danificados por simpatizantes de Saddam Hussein, mas a situação das instalações só será conhecida com maior precisão quando engenheiros norte-americanos, atualmente no sul, chegarem.
De longe, o campo de Kirkuk parecia ter sido bastante preservado. Via-se apenas uma cortina de fumaça subindo de um dos poços. O incêndio pode ter sido provocado por um acidente ocorrido seis semanas atrás, antes do início da guerra.
Os EUA afirmam que a produção na região de Kirkuk e de outros campos do Norte pode ser retomada antes da dos campos do Sul, que, os engenheiros prevêem, levará menos de três meses.
Caberá a um governo interino em Bagdá, junto com a Organização das Nações Unidas (ONU), decidir sobre quando retomar as exportações e sobre como administrar o faturamento obtido com elas. O controle sobre o petróleo da região é um ponto delicado no futuro político do Iraque.
As informações são da agência Reuters.
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