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Apesar da crescente pressão internacional, Cuba se manteve firme na decisão de negar a entrada de um enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para investigar supostas violações de direitos humanos após a pior repressão a opositores do presidente Fidel Castro em décadas.
O ministro das Relações Exteriores, Perez Roque, disse nesta sexta, dia 18, que Cuba se reservava o direito de declarar o chefe da missão diplomática dos Estados Unidos em Havana como persona non grata, acusado de promover a subversão interna.
A condenação de 75 dissidentes do governo de Fidel com penas de até 28 anos de prisão e, na semana passada, a execução sumária de três homens que sequestraram uma barca para ir aos Estados Unidos chocaram a comunidade internacional.
A comissão de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução em Genebra nesta quinta, exigindo que Cuba aceite uma decisão da comissão tomada no ano passado para que uma enviada da organização, Christine Chanet, visite a ilha para relatar a situação de direitos humanos no país.
– Cuba não vai colaborar com o mandato dessa resolução que é espúria e ilegal. E por isso Cuba não vai colaborar com a representante da alta comissão nem lhe permitirá vir a Cuba – disse o ministro.
Perez Roque disse que Cuba também está considerando retirar seu pedido para participar de um acordo comercial com a União Européia devido às críticas européias à postura do governo de Fidel quanto aos direitos humanos.
Cuba considera que a resolução apresentada por quatro países – Peru, Nicarágua, Costa Rica e Uruguai – foi uma manobra dos Estados Unidos para desestabilizar a sociedade comunista cubana e justificar as sanções econômicas e restrições impostas por Washington há mais de quatro décadas.
O ministro disse que as execuções foram lamentáveis mas necessárias para impedir novos sequestros e um êxodo em massa de imigrantes ilegais para a Flórida.
As informações são da agência Reuters.
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