| 24/04/2003 12h31min
No segundo dia de negociações com o representante do governo dos Estados Unidos, James Kelly, a Coréia do Norte acusou Washington de ter usado a inspeção de armas como um pretexto para deflagrar a guerra contra o Iraque. Kelly, secretário-assistente de Estado para Relações do Leste Asiático, recebeu também um pedido para que os norte-americanos mudem o tom hostil da política adotada contra Pyongyang.
EUA e Coréia do Norte deram início nessa quarta a uma rodada de conversações em Pequim, na China, sobre o suposto programa nuclear clandestino norte-coreano que o presidente George W. Bush quer eliminar. Os líderes norte-coreanos, entretanto, querem garantias de que não serão atacados.
A agência oficial de notícias do país asiático KCNA disse que os EUA devem abandonar sua "política hostil" antes do início das discussões sobre o desmantelamento do programa nuclear da Coréia do Norte e as inspeções de armas, as principais exigências de Washington.
– Os EUA devem mostrar uma mudança em sua política hostil com relação à Coréia do Norte. Esse é o ponto chave para tornar as conversações frutíferas – disse a agência, em um informe que os analistas garantem ter sido emitido pela cúpula do governo.
No comunicado, a agência acusa Washington de usar as inspeções de armas para alavancar a guerra contra a ditadura de Saddam Hussein:
– A inspeção e o desarmamento forçado pelos EUA contra um Estado independente, numa violação de sua soberania e de seus direitos, foram só uma justificativa e uma legalização para uma agressão e uma guerra.
As informações são da agência Reuters.
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