| 28/04/2003 21h12min
O diretor de futebol do Criciúma, Antônio Benatti, o Rakette, perdeu a paciência com a derrota para o Atlético-PR e deu início à temporada de caça às bruxas no grupo de jogadores do Tigre. De acordo com o dirigente, a boemia de três ou quatro jogadores, entre solteiros e casados, prejudica o rendimento da equipe com a falta de profissionalismo.
– Estou falando isso por uma questão de respeito aos torcedores e aos patrocinadores do clube. O grupo de jogadores é bom, mas depois a culpa recai sobre toda a direção – disse Rakette, acrescentando que o problema vem influenciando a equipe desde o início da temporada . – Já caí para a Série B e consegui voltar para a Série A. Não quero cair novamente por causa de três ou quatro.
Ainda segundo o dirigente, os jogadores não têm motivos para reclamar, porque o clube tem honrado salários, a premiação, e condições de trabalho.
– Eles são muito bons na hora de exigir hotel cinco estrelas, alimentação e outras coisas, mas não aceitam as críticas. Eles crucificaram o preparador Luiz Paulo Bustamente e o técnico Abel Ribeiro – completou.
As declarações do diretor não foram bem recebidas pelos atletas. Em dia de folga, o goleiro Fabiano foi um dos poucos jogadores que esteve na tarde desta segunda, dia 28, no Heriberto Hülse para realizar tratamento médico.
– Espero que nesta terça, diante do grupo, ele fale o que aconteceu para que a gente possa se defender – disse Fabiano, já que Rakette não citou nominalmente os envolvidos.
O diretor de futebol garante que não irá prestar contas aos atletas.
– Se a carapuça serviu para alguém, que venha falar comigo. Eles sabem muito bem quem são pois foram advertidos e multados por cinco vezes – afirmou.
O preparador físico Alvaro Andreis, o Titi, preferiu apaziguar a situação.
– Não tivemos uma boa jornada do ponto de vista técnico, tático e físico – contou.
Na opinião de Titi, as declarações de Rakette foram feitas em um momento de frustração, pois a equipe chegou a estar vencendo por 2 a 0 e acabou derrotada por 5 a 2, quando o adversário tinha um jogador a menos.
– Ele é um profissional que preza o Criciúma acima de tudo e naquele momento não mediu as palavras – afirmou.
CRISTIANO RIGO DALCIN/DIÁRIO CATARINENSEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.