O governo do Marrocos afirmou nesta terça, dia 20, que os 12 jovens suicidas que mataram pelo menos 28 pessoas em Casablanca na última semana passada estavam ligados ao terrorismo internacional. Em comunicado oficial, o Ministério do Interior declarou:

– A prisão de dois terroristas ainda vivos levou a progresso considerável em termos de informação. Isso nos permite hoje confirmar o elo com o terrorismo internacional – diz o texto, apresentado pelo ministro Mustapha Sahel.

Os ataques da noite da última sexta, dia 16, ocorreram poucos dias depois da morte de pelo menos 34 pessoas em atentados suicidas contra ocidentais na Arábia Saudita e levantaram novas advertências de que a Al-Qaeda continua representando uma ameaça. Sahel disse que 12 suicidas morreram em Casablanca, e não 13, conforme os primeiros registros, quando atacaram alvos judaicos e espanhóis.

Entre os mortos em Casablanca estão espanhóis, três franceses e um italiano. Os suicidas, com idades entre 18 e 24 anos, eram do bairro pobre de Sidi Moumen, em Casablanca. Alguns eram estudantes. Um deles trabalhava na área dos ataques e sua carga não explodiu.

O Marrocos é forte aliado dos Estados Unidos e foi classificado entre os países mais adequados para "libertação'' em fita creditada a Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda. A fita, divulgada em fevereiro, disse que qualquer líder árabe que apoiar os EUA será um "apóstata cujo sangue deve ser derramado''.

No último dia 17, cinco explosões abalaram Casablanca. Quarenta e uma mortes foram confirmadas depois das investidas que deixaram, ainda, cem feridos. O Hotel Safir, no centro da velha cidade, uma comunidade judaica, um restaurante italiano de propriedade de um judeu, o clube e restaurante Casa de Espanha e as proximidades de um cemitério judaico foram os alvos dos terroristas.

As bombas foram os primeiros atos de violência na nação muçulmana no norte da África nos últimos anos. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas suspeita-se que os atentados tenham sido coordenados pela rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden.

Com informações da agência Reuters.