| 11/06/2003 08h52min
Israel defendeu-se nesta quarta, dia 11, de uma repreensão dos Estados Unidos por sua tentativa de assassinato de um líder palestino, que prejudicou ainda mais o plano de paz para o Oriente Médio. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, mandou seus assessores entregarem informações de inteligência aos EUA para apoiar acusações de que Abdel-Aziz al-Rantissi, o rosto público do grupo radical islâmico Hamas, coordenou ataques contra israelenses.
O ataque com mísseis disparados por helicópteros que feriu Rantissi em Gaza nessa terça, dia 10, provocou novas promessas de vingança do Hamas. Israel matou um dos assessores de Rantissi e uma mulher que passava pelo local. O Hamas respondeu disparando foguetes contra uma cidade em Israel, provocando um segundo ataque com helicópteros, que matou mais três palestinos – todos civis.
O presidente norte-americano, George W. Bush, que luta para preservar o plano de paz para a região, manifestou preocupação com a tentativa de assassinato, e disse que ela pode enfraquecer as medidas do primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, para conseguir o fim da violência do grupo militante contra israelenses.
– Eu também não acredito que os ataques ajudaram a segurança israelense – disse Bush.
Sharon disse que está comprometido com o plano, mas que "vai continuar lutando contra os chefes das organizações extremistas de terrorismo que matam judeus e são inimigos da paz, enquanto não haja alguém do outro lado que o faça''.
O porta-voz de Sharon, Raanan Gissin, disse à CNN que Rantissi coordenou ataques do Hamas e de outros dois grupos militantes, incluindo uma emboscada que matou quatro soldados em Gaza no domingo. Rantissi rejeitou na semana passada os esforços de Abbas por um cessar-fogo após a cúpula de Ácaba, na Jordânia.
As informações são da agência Reuters.
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