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A General Motors do Brasil (GM) prevê que suas exportações neste ano cheguem a 25% do faturamento da empresa no país, ou cerca de US$ 1,2 bilhão, contra os 18% registrados em 2002, por causa da retração da demanda interna. O aumento de vendas externas, que pode chegar a 30% no curto prazo, não é o objetivo de longo prazo da companhia, disse o vice-presidente, José Carlos Pinheiro Neto, nesta quarta, dia 11.
– Exportação sozinha não resolve o problema do mercado. O ideal é o mercado externo complementar o mercado interno – disse.
Os planos de expandir a fábrica da empresa em Gravataí, no Rio Grande do Sul, também continua na agenda da empresa. O investimento será de US$ 250 milhões, com geração de 1,5 mil empregos. A unidade deve entrar em operação em 2005. O início das obras depende apenas da finalização de um acordo com o governo do Estado, que recebeu na terça uma proposta para redução de impostos feita pela GM.
– Para ser competitivo, temos que pagar o menor imposto possível. Fizemos a nossa proposta, apresentamos ao governador (Germano) Rigotto e, inclusive, já está sendo examinada em Detroit – disse Pinheiro Neto, referindo-se à sede mundial da montadora, nos EUA.
Na semana passada a GM anunciou férias coletivas em sua linha de produção em São Caetano do Sul, no final deste mês. O número de trabalhadores atingidos, de acordo com representantes sindicais, pode chegar a 6 mil. Pinheiro Neto defendeu a urgente aprovação da reforma tributária e a redução dos juros do país, e previu que, se essas questões forem resolvidas, a atividade econômica será retomada no terceiro trimestre do ano.
A GM fechou contratos com o México para entrega de 80 mil unidades nos próximos 12 meses e com a China, no valor de US$ 1,4 bilhão, para entrega de veículos pré-montados nos próximos 10 anos. Além disso, existem perspectivas de venda para Egito e Índia, dentro da política da empresa de buscar novos mercados para equilibrar a queda da demanda interna. Com essa estratégia voltada ao mercado externo, a GM do Brasil pretende evitar demissões.
– Usaremos todos os meios clássicos para evitar redução de pessoal porque não passa na cabeça da GM demitir. Vamos negociar através de banco de horas, férias e férias coletivas – disse Pinheiro Neto.
As informações são da agência Reuters.
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