| 28/01/2001 19h15min
Dois conferencistas dos Estados Unidos, país vaiado na abertura do Fórum Social Mundial, divulgaram no sábado algumas experiências de Internet para abrir a muralha dos monopólios da informação e da tecnologia. Norman Solomon, crítico de mídia, e Thimoty Ney, da Free Software Foundation, falaram no Centro de Eventos da PUC, na conferência presidida por Ignacio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique, que reuniu também a professora Regina Festa, da ECA-USP, e a ativista indiana Aruna Roy. A partir do tema "Como assegurar o direito à informação e a democratização dos meios de comunicação?", os convidados relataram suas experiências em prol do direito universal de expressão e de ser ouvido. Solomon citou os sites www.radioproject.org, www.fair.org e www.accuracy.org como exemplos de meios alternativos que dão voz a comunidades normalmente excluídas da mídia (como os programas de rádio com presidiários) e também organizam críticas à cobertura dos principais jornais e redes de TV norte-americanos. – Nós queremos que as vozes de vocês sejam ouvidas nos Estados Unidos – disse Solomon. Thimoty Ney ressaltou que existe no Brasil um "oásis para o software gratuito", o chamado free software, cujos programas e aplicativos podem ser copiados e compartilhados sem custos, como nos sites www.gnu.org e www.gnome.org. O Projeto GNU existe desde 1984 e significa Gnu's Not Unix. Ney citou estatísticas recentes que revelam as regiões do globo apartadas dos avanços nas comunicações no Primeiro Mundo: existem hoje 150 milhões de internautas nos Estados Unidos e Canadá, 13 milhões na América Latina e apenas 3 milhões nos países de todo o continente africano.
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