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Os países em desenvolvimento classificaram de fútil a proposta da União Européia e outros países ricos de lançar negociações sobre leis comerciais em novas áreas, como investimento. A União Européia, sob forte pressão para reduzir seus subsídios, afirmou que necessita de um acordo para discutir novas leis que dêem mais espaço de manobra no tema agricultura.
O grupo de países em desenvolvimento, que diz representar quase a metade dos 146 membros da OMC, contudo, rejeitou qualquer ligação entre os temas e disse que não está pronto para negociar novos regulamentos.
– Este é um exercício de futilidade. Os países que querem lançar são minoria – afirmou a ministra do Comércio da Malásia, Rafidah Aziz, durante entrevista coletiva.
Quando a rodada de Doha começou, em novembro de 2001, os ministros concordaram em postergar até Cancún a decisão sobre discutir esses novos temas: investimento, concorrência, compras governamentais e procedimentos de alfândega. A UE, amparada por Japão, Suíça e Coréia do Sul, entre outros defensores de políticas agrícolas protecionistas, afirma que as leis são necessárias para estabelecer as regras básicas para investidores estrangeiros e transnacionais.
Os países em desenvolvimento, entretanto, com o apoio das organizações não-governamentais, alegam que essas regras implicariam em responsabilidades desnecessárias e querem adiar essas negociações. Os ministros concordaram em Doha que qualquer decisão precisa de "consenso explícito" dos membros, ou seja, unanimidade.
Com informações da agência Reuters.
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