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O ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom, descartou nesta segunda, dia 15, as declarações feitas por um membro do governo israelense de que o país poderia assassinar em breve o presidente palestino, Yasser Arafat. As declarações sobre a morte do líder árabe, porém, serviram para aumentar as pressões internacionais sobre o Estado judaico.
O vice-primeiro-ministro e ministro da Indústria e do Comércio de Israel, Ehud Olmert, disse no domingo que "o assassinato (de Arafat) é sem dúvida uma de nossas opções". As outras seriam o exílio dele ou o isolamento do presidente palestino dentro dos territórios ocupados. As palavras, ditas depois de o gabinete de segurança ter decidido expulsar Arafat da Cisjordânia, provocaram a fúria do mundo árabe e declarações de incredulidade na Europa.
– Assassinato é algo muito perigoso. Se os israelenses assassinarem Yasser Arafat e se todos assassinarem seus adversários, então o mundo será um caos total – afirmou o presidente egípcio, Hosni Mubarak, durante uma visita à França.
A União Européia (UE) também pediu por cautela na questão de Arafat, que nega ser um fomentador da violência na região, como acusam os EUA e Israel.
– Não achamos que isso (o assassinato) vá acontecer – disse Javier Solana, chefe de política estrangeira do bloco europeu.
Shalom, reagindo aos comentários de Olmert, disse que não haverá nenhuma ação imediata. Segundo ele, a opção do assassinato não é a política oficial do governo israelense.
– Não falamos sobre matá-lo. Não falamos sobre isso antes e não falamos sobre isso hoje – garantiu Shalom.
Os EUA também se declararam contra qualquer tentativa de matar ou expulsar Arafat, medidas que, segundo o secretário de Estado da superpotência, Colin Powell, provocariam "a fúria do mundo árabe".
Nabil Abu Rdainah, um importante assessor de Arafat, afirmou que vários líderes árabes ligaram para o presidente palestino a fim de expressar sua solidariedade. As informações são da agência Reuters.
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