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O presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, disse ao maior jornal de Israel nesta quinta, dia 18, que os israelenses deveriam se envergonhar de querer sua morte.
A entrevista ao Yedioth Ahronoth foi publicada seis dias depois de uma pesquisa de opinião no jornal mostrar que 37% dos israelenses eram favoráveis ao assassinato de Arafat e que 23% desejavam seu exílio após a decisão do governo de "remover" o líder.
Comentando a sondagem, Arafat disse:
– Vocês não se envergonham? Afinal eu era parceiro do meu amigo Yitzhak Rabin... Vocês se esqueceram?
Em 1993, Arafat, líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), e Rabin, então primeiro-ministro israelense, concordaram com um acordo interino de terra-por-paz negociado em Oslo. Há três anos, porém, uma revolta palestina por um Estado foi iniciada depois que negociações ruíram.
– Quem na liderança palestina
teve coragem de assinar o acordo de Oslo se não eu? Dez anos se passaram e eu
ainda estou comprometido com os acordos – lembrou Arafat.
Na semana passada, o gabinete de segurança israelense declarou que iria "remover" Arafat, sem especificar como ou quando, e o acusou de ser um obstáculo à paz. Ele nega esta alegação.
– Não vou a lugar nenhum. Esta é minha terra natal. Cresci aqui – revelou, referindo-se a seu passado, que tem sido objeto de grande especulação entre especialistas em Oriente Médio.
Com informações da agência Reuters
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