| 17/10/2003 16h41min
O presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, dirá oficialmente ao Congresso na sexta, dia 17, se permanece ou não no cargo, disse seu principal aliado político, Jaime Paz Zamora. A decisão foi tomada depois de a coalizão governista ter ruído, com a saída de um aliado-chave do presidente e de três ministros do partido Nova Força Republicana.
Manfred Reyes Villa, chefe do partido de centro-direita NRF, pediu a renúncia do mandatário, mas este não teria aceitado. Com a recusa, houve uma aliados deixaram o governo. A dissidência tirou do presidente a maioria no Congresso – que deve realizar sessão de emergência nesta sexta.
O líder do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR), Jaime Paz Zamora, coligado ao governo de Sánchez de Lozada, disse que espera que sejam boas as notícias que o presidente dará no Congresso.
Dezenas de milhares de mineradores, agricultores e mulheres indígenas caminharam até o centro colonial da capital sitiada, gritando "Saia, saia!" e explodindo bastões de dinamite a dois quarteirões do palácio do governo - guardado por dezenas de tanques e soldados do Exército com veículos blindados.
Cerca de 74 pessoas morreram ao longo de mais de um mês de protestos contra a política externa pró-EUA de Sánchez de Lozada e a incapacidade de seu governo de reerguer a economia estagnada do país mais pobre da América do Sul.
As informações são da agência Reuters.
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