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Foguetes atingem Bagdá, e EUA prometem endurecer

Atentados desta terça deixaram pelo menos quatro mortos

Três foguetes atingiram nesta terça, dia 11, a área fortificada onde funciona a administração norte-americana em Bagdá. Horas antes, um comandante militar dos Estados Unidos prometera usar todas as armas de seu arsenal contra os guerrilheiros que atacam suas tropas.

Outros atentados nesta terça mataram pelo menos quatro pessoas e feriram 10 em Bagdá e Basra, a segunda maior cidade do Iraque.

Uma porta-voz militar disse que três foguetes – não morteiros, como se pensou inicialmente –  caíram dentro da "zona verde', a área fortificada onde está sediado o governo de ocupação.
– Vários veículos foram danificados, mas não houve feridos graves.

Dezenas de soldados dos EUA e de policiais iraquianos saíram correndo do local na hora da explosão. Em uma parte de Bagdá, moradores mostraram aos militares um terreno junto a uma escola de onde os foguetes teriam sido lançados. Soldados e policiais percorreram os telhados com lanternas em busca do possível local de lançamento.

Os ataques contra norte-americanos no Iraque, inclusive contra a sede da ocupação, vêm se intensificando nos últimos meses.

– A mensagem mais importante é que vamos endurecer – disse o general Ricardo Sánchez, cujas forças lançaram um bombardeio aéreo pela primeira vez desde que a Casa Branca declarou o fim da fase de combates, em 1º de maio.

– É isso que é necessário para derrotar esse inimigo e definitivamente não estamos tímidos de fazer isso – afirmou ele em entrevista coletiva. – Nem uma só arma disponível será poupada se necessário para derrotar esse inimigo. Embora a coalizão possa ser benevolente, esta ainda é a mesma formação letal que removeu o antigo regime opressor (de Saddam Hussein).

Sánchez disse que até 20 pessoas foram presas no Iraque sob suspeita de ligação com a rede Al-Qaeda, embora isso não tenha sido provado. Os EUA atribuem os ataques também a simpatizantes de Saddam.

O administrador norte-americano no Iraque, Paul Bremer, chegou a Washington e deve se reunir com o primeiro escalão da Casa Branca para o que deve ser uma sessão de tomada de decisões, segundo uma autoridade em Washington.

– Quando decisões precisam ser tomadas, Brener vem. Algumas decisões precisam ser tomadas – disse esse funcionário à Reuters, sob anonimato, acrescentando que não há sinais de que Bremer se prepare para deixar o cargo.

O fato, porém, é que há uma crescente frustração em Washington com o Conselho de Governo do Iraque, nomeado pelos norte-americanos. Além disso, autoridades dos EUA dizem que há atritos frequentes com Bremer.

O administrador deixou o Iraque quase sem aviso prévio e cancelou um encontro que teria nesta terça em Bagdá com o primeiro-ministro polonês, Leszek Miller.

Em Basra, no sul do país, uma bomba deixada perto de um posto de controle da polícia fez parte de corpos das vítimas se espalharem pela rua. Um homem que estava colocando a bomba morreu no local, junto com dois outros iraquianos, de acordo com os militares britânicos que patrulham a cidade. Outro iraquiano morreu no hospital, e quatro estão feridos.

Em Bagdá, uma bomba em frente ao Tribunal de Recursos feriu seis iraquianos, entre os quais dois policiais. Na hora do atentado, militares dos EUA levavam prisioneiros para dentro do prédio, segundo a polícia.

Pelo menos 153 militares norte-americanos e 12 britânicos já morreram em ação no Iraque desde 1º de maio. O número de ataques da resistência, que em maio era de cinco ou seis por dia, subiu para ao redor de 30, segundo o general Sánchez.

 
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