| 09/03/2001 15h03min
As diversas entidades ligadas ao setor agropecuário que participaram da reunião desta manhã na sede da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul decidiram encaminhar um pedido à Organização Internacional de Epizootias (OIE) para que o Estado retorne à situação de zona livre de febre aftosa com vacinação – status anterior ao foco identificado na região Noroeste, no ano passado. O envio do pedido à OIE será solicitado ao Ministério da Agricultura. No encontro desta sexta-feira, o programa emergencial de vigilância sanitária apresentado pela secretaria gaúcha foi avaliado. Conforme determinação do Ministério da Agricultura, cada Estado deveria apresentar suas medidas para combate a doença. Um pedido de esclarecimentos sobre a situação de Santa Catarina em relação ao Circuito Pecuário Sul será encaminhado ao Ministério da Agricultura. A medida é conseqüência da Resolução 12 da OIE, de fevereiro de 2001, que determina somente ao Rio Grande do Sul a suspensão de seu status sanitário. Segundo a Secretaria da Agricultura do RS, isso derruba a idéia de circuitos sanitários. Foi decidida ainda a convocação de uma reunião entre os secretários de Agricultura do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina com entidades dos dois Estados ligadas ao setor, já marcada para a próxima segunda-feira, dia 12, na sede da Secretaria estadual da Agriculutra, em Porto Alegre. A intenção é discutir uma posição conjunta para ser apresentada na reunião com o Ministério da Agricultura, no dia 15 de março, em Florianópolis. O secretário da Agricultura gaúcho, José Hermeto Hoffmann, afirmou que está preocupado com a fragilidade da situação sanitária dos países vizinhos ao Brasil e defende a adoção de um plano continental de prevenção e combate à aftosa. Ele reiterou a importância do fim da divisão do Brasil em circuitos pecuários, com o conseqüente emparelhamento dos Estados brasileiros sob a mesma condição sanitária. – Um país cercado de aftosa por todos os lados tem que tratar do problema com maior seriedade, sob pena de termos que enfrentar novamente focos da doença – ressaltou o secretário. Participaram do evento a Federação da Agricultura (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Federação das Cooperativas Agropecuárias (FecoAgro), Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Sindicato da Indústria de Carnes (Sicadergs), Conselho Regional de Medicina Veterinária e Projeto Bacia do Prata.
Hoffmann está preocupado com fragilidade da situação sanitária dos países vizinhos
Foto:
Ricardo Duarte
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