O presidente norte-americano, George W. Bush, prometeu nesta sexta, dia 14, que os Estados Unidos continuarão no Iraque até implementar a liberdade e a paz no país. As declarações foram dadas após membros do Congresso terem se mostrado preocupados com as recentes manobras do governo para, supostamente, retirar as forças norte-americanas do território iraquiano o mais cedo possível.

Bush reuniu-se com o presidente da Itália Carlo Azeglio Ciampi, na terça, dia 11, poucos dias depois de 18 italianos terem sido mortos em um atentado suicida no sul do Iraque. Na ação, o país europeu sofreu sua pior baixa militar desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45). O presidente norte-americano reagia às declarações feitas por membros do Congresso, tanto republicanos (governistas) quanto democratas (oposição), de que a mudança da política norte-americana no Iraque poderia levar a uma retirada precipitada do país árabe, que então mergulharia no caos. Recentemente, o governo dos Estados Unidos decidiu acelerar a transferência de poder para os iraquianos.

– Prestem atenção. Vamos continuar lá até nossa tarefa ter sido concluída. E a tarefa é criar um Iraque livre e pacífico. Um Iraque livre e pacífico terá conseqüências históricas – afirmou Bush.

Entre os que se mostraram preocupados com uma retirada precipitada estava o senador democrata Tom Daschle.

– Acho que seria errado acelerar o processo sem termos colocado as peças no lugar. Se nos retirarmos, se mudarmos o arranjo das circunstâncias, o faremos sem a garantia de que teremos a estabilidade que estamos procurando – disse o senador à rede de TV CNN.

Segundo as Forças Armadas, o número de soldados norte-americanos no Iraque deve diminuir dos atuais 132 mil para 105 mil até a metade do próximo ano. A Casa Branca (sede do governo norte-americano) nega que Bush e seus assessores, confrontados com crescentes baixas no Iraque em meio à campanha de reeleição do presidente, estejam deixando o calendário eleitoral dos EUA influenciar a política externa do país.

Com informações da Agência Reuters.