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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta, dia 14, que está preparado para enfrentar protestos durante sua visita à Grã-Bretanha, na próxima semana, e qualificou o primeiro-ministro Tony Blair como um amigo "inteligente e confiável". Milhares de pessoas que se opõem à guerra no Iraque e a outras políticas norte-americanas devem se manifestar contra Bush, que vai se hospedar no palácio de Buckingham, residência da rainha Elizabeth II. Ele também visitará o distrito eleitoral de Blair, no norte da Inglaterra, e vai conversar com parentes de soldados britânicos mortos no Iraque.
– Posso entender que as pessoas não gostem da guerra, se é que é por isso que elas vão protestar. Compreendo perfeitamente que nem todos vão concordar com as decisões que tomo – disse Bush em Washington.
A resistência iraquiana à ocupação anglo-americana está prejudicando a popularidade tanto de Blair quanto de Bush. O norte-americano disse que vai aproveitar a visita para explicar sua política no Iraque, destinada a garantir a segurança dos EUA e criar "sociedades livres, que não alimentam o terror", em várias partes do mundo. Ele disse que os americanos não vão deixar o Iraque ou o Afeganistão sem construir sociedades livres e democráticas, e que a captura de Saddam Hussein e Osama bin Laden também é uma prioridade.
Pesquisa feita nesta semana com eleitores britânicos mostrou que 60% deles desaprovam a política de Bush para o Iraque. Só 40% acham que a aproximação de Blair com Bush é boa para a Grã-Bretanha. Nesta sexta, outra pesquisa, publicada no Daily Mirror, revelou que três em cada quatro britânicos concordam com a afirmação de que "a guerra ao terrorismo está tornando o mundo menos seguro".
Ao se encontrar com os parentes de britânicos mortos, Bush pretende dizer que o povo e o presidente dos EUA estão orando por eles.
– Vou dizer a eles que seus entes queridos não morreram em vão. As ações que fizemos vão tornar o mundo mais seguro e pacífico em longo prazo – afirmou.
A agenda do encontro inclui o Iraque, negociações comerciais e o combate à Aids. Fontes do governo britânico especulam que Bush vai recompensar Blair pelo firme apoio demonstrado desde os atentados de 11 de setembro de 2001. Uma possibilidade é o anúncio da suspensão de tarifas protecionistas contra as importações de aço nos EUA, prática que foi considerada ilegal pela Organização Mundial do Comércio.
As informações são da agência Reuters.
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