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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta quinta, dia 13, que espera que os iraquianos assumam mais responsabilidades. O comentário foi feito um dia depois do atentado suicida que matou 18 italianos, 9 iraquianos e representou mais um golpe para as forças de ocupação no Iraque. Bush disse que os EUA estão em uma luta com as guerrilhas iraquianas pelo apoio da população. No terreno, os militares disseram que vão intensificar a repressão contra a resistência.
Uma operação foi lançada na quarta com um bombardeio aéreo contra um galpão de Bagdá supostamente usado pelos rebeldes. Em outro incidente, dois iraquianos morreram por causa dos disparos feitos por um helicóptero sobre um veículo usado para lançar morteiros contra as tropas dos EUA.
Os freqüentes esforços dificultam a reconstrução do Iraque e deixam os aliados de Washington temerosos de enviar tropas para ajudar na tarefa. Nesta quinta, o Japão descartou o envio em curto de prazo de militares. Tóquio prometeu que até o fim do ano enviará soldados, mas não para operações de combate, ao sul do Iraque, onde a base da polícia militar italiana foi atingida.
Bush não quis comentar os rumores de que o administrador norte-americano no Iraque, Paul Bremer, teria abandonado a estratégia de insistir na promulgação de uma Constituição para o país antes da entrega do poder a um governo interino. Essa medida deveria agradar países europeus que se opuseram à guerra, como a França.
– Estou interessado em trabalhar com o embaixador Bremer e com o Conselho de Governo (nomeado pelos EUA) em um plano que incentive os iraquianos a assumirem mais responsabilidades – disse Bush no Salão Oval da Casa Branca.
O chanceler francês, Dominique de Villepin, disse que seu país está disposto a ajudar na reconstrução do Iraque, mas só depois que a soberania do país for transferida a um governo provisório. Até agora, os EUA propunham que o Conselho de Governo redigisse a Constituição e convocasse eleições antes da transferência de poder.
Enquanto isso, os ataques prosseguem. Na quarta, um soldado dos EUA foi morto por uma bomba deixada junto a uma estrada. Nesta quinta, outra bomba, deixada numa rodovia em Falluja, atingiu um jipe norte-americano. Desde que Bush declarou o fim da fase de combates, em 1º de maio, 156 militares dos EUA já foram mortos em ações hostis.
Também nesta quinta, as tropas dos EUA prenderam dezenas de iraquianos suspeitos de cometerem ataques nas regiões de Tikrit (cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein) e em Mosul, ambas no norte. Em Bagdá, um porta-voz da administração norte-americana anunciou o fechamento de uma ponte sobre o rio Tigre, perto da sede da ocupação, por motivos de segurança.
A reabertura da Ponte 14 de Julho, no mês passado, foi anunciada como um sinal de que a capital estava voltando ao normal. Mas ultimamente os guerrilheiros vêm freqüentemente lançando morteiros contra o edifício norte-americano nas últimas noites. Após visitar italianos feridos em Nassiriya, o ministro italiano da Defesa, Antonio Martino, atribuiu o ataque ao quartel "à mesma gente" que cometeu os atentados de 11 de setembro de 2001 contra os EUA.
A explosão no prédio de três andares, junto ao rio Eufrates, matou 16 militares e dois civis italianos. Foi o número mais expressivo de baixas militares da Itália desde a Segunda Guerra Mundial. Um porta-voz militar disse que 21 italianos feridos e os corpos das vítimas serão repatriados nesta semana. O governo prometeu manter seus 2,3 mil soldados no Iraque.
As informações são da agência Reuters.
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