O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, acusou a Grã-Bretanha de não compartilhar com as autoridades turcas informações sobre eventuais atentados. A notícia foi divulgada nesta quarta, dia 26, por canais de TV. Na terça, dia 25, o governo britânico disse ter recebido informações sobre a "iminência de novos ataques" em Istambul e em Ancara (capital). No dia 20 de novembro, dois atentados suicidas contra o consulado da Grã-Bretanha e contra uma agência do banco HSBC em Istambul deixaram dezenas de mortos e centenas de feridos.

– Se há uma plataforma comum na luta contra o terrorismo internacional, esse tipo de informação precisa ser passada para o país envolvido. Se a fonte desse tipo de informação for confiável, ela não deveria ser repassada para os meios de comunicação – disse o premiê a repórteres na noite de terça.

Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha afirmou:

– Quando possível, dividimos informações com os outros (incluindo o país ameaçado), a fim de que medidas possam ser tomadas para reduzir o risco do ataque.

– Estamos trabalhando ao lado das autoridades turcas nas questões de combate ao terrorismo – disse.

A chancelaria britânica aconselhou seus cidadãos a não viajar para a Turquia. A Austrália afirmou na quarta também ter informações sobre a possibilidade de novos atentados em território turco.

Outras dez pessoas foram detidas na Turquia sob suspeita de envolvimento nos ataques deste mês, informou a agência de notícias oficial Anatolian. Na terça, uma corte de segurança denunciou formalmente nove pessoas acusadas de pertencer a organizações ilegais ou de contribuir com elas.

Grupos aparentemente ligados à rede Al Qaeda, de Osama bin Laden, assumiram a responsabilidade pelos atentados contra alvos britânicos, bem como pelos ataques contra duas sinagogas, também em Istambul. Estas últimas ações foram realizadas no dia 15 de novembro e deixaram 25 mortos.

As informações são da agência Reuters.