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Um morteiro lançado contra uma base norte-americana no Iraque matou um soldado nesta sexta, dia 28, poucas horas depois da visita-surpresa do presidente George W. Bush a Bagdá. O alvo do ataque foi o quartel da 101ª Divisão Aerotransportada em Mosul, no norte do país. Desde 1º de maio, quando Bush declarou o fim da fase dos principais combates, 185 militares norte-americanos morreram em ação.
Durante a visita-relâmpago, na quinta, Bush agradeceu os militares por "se sacrificarem por nossa liberdade e nossa paz (dos norte-americanos)". O presidente deixou secretamente sua fazenda no Texas, na quarta, e chegou ao Iraque na quinta, Dia de Ação de Graças. Passou duas horas e meia com os militares e pouco depois da meia-noite de sexta ele desembarcou de volta em Washington.
Seguindo os passos de Bush, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton também visitou Bagdá na sexta. Com os sinais de melhora na economia norte-americana, a questão do Iraque deve se tornar o principal obstáculo à reeleição de Bush, em 2004, com as baixas quase diárias de soldados norte-americanos no país.
O jornal Times, de Londres, qualificou a visita de Bush como "um dos mais ousados truques da história americana moderna".
– Provavelmente desde a Guerra Civil Americana, quando as batalhas ocorriam a poucas milhas de Washington, nunca um ocupante da Casa Branca se colocou deliberadamente sob tanto perigo – escreveu o editor-diplomático do jornal.
No francês Libération, a manchete foi "Invasão eleitoral em Bagdá". A foto que ilustrava o texto era a de Bush carregando uma bandeja com peru e frutas, e cercado por soldados.
– Este golpe de Badgá, inicialmente destinado ao público dos EUA, foi uma peça de propaganda eleitoral brilhantemente concebida e executada – disse o jornal.
As informações são da agência Reuters.
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