| 17/03/2001 19h27min
A força-tarefa que atuou na CPI do Crime Organizado da Assembléia, no ano passado, encaminhará ao Ministério da Justiça, até terça-feira, um pedido formal de extradição do criminoso gaúcho Nei Machado, o Pitoco. O traficante está detido num quartel em Villavicencio, a 200 quilômetros de Bogotá, na Colômbia, desde 22 de fevereiro. Ex-patrão de CTG em Passo Fundo, Machado estava foragido desde 1996, acusado de liderar o grupo que recebeu uma carga de 37 quilos de cocaína lançados de avião naquela cidade. Seu sócio era Sílvio Berry Júnior, piloto de um dos maiores traficantes cariocas, Ernaldo Medeiros, o Uê. Na Colômbia, o gaúcho era o braço direito do traficante carioca e foragido número 1 da Justiça brasileira, Fernandinho Beira-Mar. Conforme o subprocurador-geral para Assuntos Institucionais do Ministério Público, Mauro Henrique Renner, há mais de 10 dias integrantes da força-tarefa do Crime Organizado e deputados estaduais discutem, com o governo federal, a extradição de Nei Machado. O Ministério da Justiça informou que são necessárias cópias das principais peças dos processos que envolvem Nei Machado e a comprovação de que não houve prescrição dos crimes cometidos no Brasil. Com a documentação, o pedido será entregue ao ministro da Justiça, José Gregori, e depois encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores. O promotor salienta que os dados devem estar disponíveis em um prazo considerado curto graças ao intercâmbio entre o Ministério Público, a Justiça, a polícia – tanto a federal quanto a estadual – e os deputados estaduais, promovido pela força-tarefa responsável por uma das maiores investigações do crime organizado já realizadas no Estado, durante o ano passado.
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