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Um atentado suicida palestino matou quatro pessoas em um ponto de ônibus perto de Tel Aviv nesta quinta, dia 25, minutos depois que helicópteros israelenses mataram um alto militante islâmico e pelo menos quatro pessoas na Faixa de Gaza.
Os ataques abalaram mais de dois meses de relativa calma, o que havia ajudado o empenho para reanimar as negociações entre israelenses e palestinos em um plano liderado pelos Estados Unidos para dar fim a mais de três anos de conflito.
A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) reivindicou a responsabilidade do ataque.
– Esta é a primeira operação em uma série de retaliações. Juramos gerar um terremoto na entidade sionista – diz a nota da FPLP, referindo-se ao ataque sangrento de Israel contra a cidade de Nablus, na Cisjordânia, na semana passada.
A explosão desta quinta foi descrita como uma "operação de martírio", um termo padrão para atentados suicidas. A polícia de Israel disse que o atentado matou quatro pessoas, além do suicida, e feriu outras 16 no ponto de ônibus próximo a Petah Tikva – "Portal da Esperança" em hebraico – em uma estrada que leva à cidade costeira de Tel Aviv.
Dois corpos jaziam sob cobertores e o sangue se espalhava pelo chão. A explosão reduziu o ponto de ônibus a um esqueleto de metal e causou um congestionamento em uma das principais vias em Israel.
– Ouvi uma barulho como um foguete e viemos aqui e estava cheio de gente. Vi a cabeça do terrorista na ponte – disse Lior, de 26 anos, que mora na área.
Algumas pessoas que passavam no local gritavam "morte aos árabes!". No mais recente grande atentado em Israel, em 4 de outubro, um militante suicida explodiu uma bomba em um movimentado restaurante em Haifa, matando 23 pessoas além dele.
Minutos antes do atentado suicida, helicópteros israelenses atacaram a Faixa da Gaza para assassinar Meqbel Hmaid, líder do grupo armado islâmico Jihad, que jurou a destruição de Israel e uma campanha de atentados suicidas. Três civis, incluindo um jovem de 15 anos, morreram no ataque com mísseis contra dois carros, disseram profissionais de saúde.
Centenas de combatentes do Jihad, que compareceram ao velório de seu mais alto comandante militar, dispararam tiros para o alto e gritaram "Allahu Akbar" (Deus é maior), quando surgiram as notícias sobre a explosão em Tel Aviv.
Militantes palestinos até agora rejeitaram o esforço do Egito para fechar um acordo de cessar-fogo com Israel e retomar o plano de paz dos Estados Unidos, que garantiria uma Estado Palestino até 2005.
Israel usou helicópteros para perseguir e matar dezenas de militantes no levante palestino, que já dura três anos, mas foi o primeiro ataque em Gaza em mais de dois meses. Em 20 de outubro, Israel matou dois militantes do Hamas em uma ataque com míssil por helicóptero contra um furgão na Cidade de Gaza. Outras 11 pessoas morreram no ataque. As informações são da agência Reuters.
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