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Toneladas de material de ajuda humanitária chegaram ao Irã na quarta, dia 31, enquanto grupos de resgate suspendiam as buscas por sobreviventes do terremoto ocorrido na semana passada em Bam, no qual morreram ao menos 30 mil iranianos. Enquanto as autoridades do país diziam que a cifra de mortos de um dos piores desastres naturais da era moderna poderia chegar a 50 mil, surgiam informações não confirmadas sobre o resgate de pessoas tiradas vivas das ruínas deixadas pelo abalo sísmico de 26 de dezembro.
Mas a maior parte das equipes estrangeiras enviadas para a cidade de Bam, 1 mil quilômetros a sudeste de Teerã (capital), já suspenderam as buscas por sobreviventes.
– Pessoas comuns ainda pedem que as equipes continuem a realizar buscas em algumas áreas – disse Ted Pearn, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ian Scher, chefe da equipe de resgate Rescue South Africa, disse que as chances de encontrar alguém vivo nos destroços eram muito pequenas.
– Agora, só encontramos corpos. Estamos encerrando as buscas – afirmou. Scher acrescentou, no entanto, que a recuperação dos corpos era importante para as famílias das vítimas.
A TV estatal do país afirmou que dois homens e duas mulheres com idades entre 20 e 60 anos foram encontrados vivos na terça à noite pelo Exército do Irã. A informação não pôde ser confirmada.
Segundo o canal, 30 mil corpos haviam sido recuperados e enterrados. Cerca de 14 mil pessoas feridas recebiam tratamento nos hospitais. O terremoto, ocorrido antes do amanhecer, matou muitas famílias que ainda dormiam.
Quase 500 milhões de dólares em ajuda foram prometidos ao Irã por dezenas de organizações e países, entre os quais alguns cujas relações com a República islâmica estão abaladas. Os EUA, que romperam relações com o Irã depois da Revolução Islâmica de 1979, colocaram-se na linha de frente dos esforços de ajuda, tendo enviado ao país uma equipe de 84 pessoas além de carregamentos com cobertores, lençóis, material médico e água.
O presidente iraniano, Mohammad Khatami, recebeu bem a contribuição norte-americana, mas disse que o fato não mudaria as relações entre os dois países.
As informações são da agência Reuters.
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