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A bandeira dos Estados Unidos recebeu uma rara saudação no Irã nesta quarta, dia 31, quando médicos norte-americanos se uniram às equipes que levam ajuda aos sobreviventes do terremoto em Bam, que matou ao menos 30 mil pessoas. Médicos e o Exército iraniano afirmaram que pelo menos mais cinco pessoas, incluindo uma mulher de 80 anos, foram retiradas com vida dos escombros nos últimos dois dias na cidade localizada mil quilômetros a sudeste da capital Teerã.
Autoridades disseram que as mortes causadas por um dos piores desastres das últimas décadas deverá chegar a 50 mil. A maioria dos grupos de resgate abandonou as buscas de sobreviventes. Ian Scher, chefe da equipe de resgate Rescue South Africa, disse que as chances de encontrar alguém vivo nos destroços eram muito pequenas.
– Agora, só encontramos corpos. Estamos encerrando as buscas – afirmou.
Scher acrescentou, no entanto, que o resgate dos corpos era importante para as famílias das vítimas.
– Pessoas comuns ainda pedem que as equipes continuem a realizar buscas em algumas áreas – disse Ted Pearn, da Organização das Nações Unidas (ONU).
O grupo de 80 médicos norte-americanos e especialistas aterrissou no Irã no domingo, mas somente conseguiu chegar à cidade de Bam na noite de terça.
– Eu e todos os iranianos realmente apreciamos a ajuda dos norte-americanos – disse o xeique muçulmano Ahmad Faiz, enquanto trabalhadores norte-americanos armavam uma barraca com uma grande bandeira dos EUA.
A TV estatal do país afirmou que dois homens e duas mulheres com idades entre 20 e 60 anos foram encontrados vivos na terça-feira à noite pelo Exército do Irã. A informação não pôde ser confirmada. Segundo o canal, 30 mil corpos haviam sido recuperados e enterrados. Cerca de 14 mil pessoas feridas recebiam tratamento nos hospitais. O terremoto, ocorrido antes do amanhecer, matou muitas famílias que ainda dormiam.
Quase US$ 500 milhões em ajuda foram prometidos ao Irã por dezenas de organizações e países, entre os quais alguns cujas relações com a república islâmica estão abaladas. Os EUA, que romperam relações com o Irã depois da Revolução Islâmica de 1979, colocaram-se na linha de frente dos esforços de ajuda, tendo enviado ao país uma equipe de 84 pessoas além de carregamentos com cobertores, lençóis, material médico e água.
O presidente iraniano, Mohammad Khatami, recebeu bem a contribuição norte-americana, mas disse que o fato não mudaria as relações políticas entre os dois países.
As informações são da agência Reuters.
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