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Bush busca apoio latino-americano na Cúpula da Américas

Brasil e Argentina encabeçam as críticas contra a política comercial dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tentou nesta terça, dia 13, conseguir o apoio de outros líderes do continente a suas políticas econômicas, comerciais e de segurança, mas enfrentou o ceticismo de muitos países. O líder norte-americano pediu aos governantes latino-americanos que se empenhem na implantação de reformas de mercado, de mais democracia e na negociação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

– Em longo prazo, o mercado é o caminho mais certo para a prosperidade duradoura – disse ele, pedindo aos demais 33 países na cúpula que "mostrem ao mundo que sociedades livres e mercados livres podem proporcionar reais benefícios a nossos cidadãos''.

Mas vários países latino-americanos deram recentemente guinadas à esquerda, e por isso as políticas econômicas defendidas por Washington já não despertam grande entusiasmo na região. Brasil e Argentina, que defendem o livre-mercado, criticam com dureza a política comercial dos EUA, dizendo que os enormes subsídios que Washington oferece a seus agricultores acaba fechando o mercado do país a produtores mais eficientes do sul das Américas.

A guerra contra o Iraque também é muito impopular na América Latina, e cada vez mais líderes da região se mostram céticos a respeito de reformas neoliberais, que estiveram muito em voga na década de 1990, mas não geraram o crescimento esperado.

– Os grandes desestabilizadores da região são a pobreza e o neoliberalismo – disse o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em discurso na noite de segunda-feira em Monterrey.

O chileno Ricardo Lagos, que comanda uma das economias mais abertas e bem-sucedidas da região, também apontou as fraquezas do modelo neoliberal e a excessiva distância que separa ricos e pobres na região.

– Este não é o continente mais pobre, mas poderia ser um dos mais injustos – afirmou.

Brasil e Venezuela resistem à proposta norte-americana para que desta cúpula saia um compromisso para que a Alca seja efetivamente criada até o prazo de janeiro de 2005, reunindo 34 países e 800 milhões de pessoas em um bloco comercial.

Outra proposta norte-americana que despertou reações negativas foi a de proibir que governos corruptos participem de encontros regionais como este. Críticos dizem que não há critérios claros sobre quem julgaria os governos, e alguns temem que Washington use essa política para isolar seus rivais.

O maior deles, o cubano Fidel Castro (único governante das Américas ausente em Monterrey), já foi duramente criticado por Bush no seu discurso de segunda-feira à noite.

–A ditadura não tem lugar nas Américas. Precisamos todos trabalhar por uma transição rápida e pacífica para a democracia em Cuba – disse ele.

Mas Fidel, há 45 anos no poder, mantém relações amistosas com os presidentes de Brasil, Argentina e Venezuela, todos de esquerda ou centro-esquerda.

Diante de crescentes dificuldades na América Latina, Bush se mostrou ansioso para capitalizar em cima da sua renovada amizade com o mexicano Vicente Fox. Os dois tiveram uma discordância pública em 2003, quando o México recusou apoio à guerra no Iraque, mas se reaproximaram nas últimas semanas, em parte por causa da proposta de Bush para legalizar imigrantes nos EUA, o que pode beneficiar milhões de mexicanos. Em troca, o México prometeu reforçar a segurança em seus aeroportos para vôos com destino aos Estados Unidos. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tentou nesta terça, dia 13, conseguir o apoio de outros líderes do continente a suas políticas econômicas, comerciais e de segurança, mas enfrentou o ceticismo de muitos países. O líder norte-americano pediu aos governantes latino-americanos que se empenhem na implantação de reformas de mercado, de mais democracia e na negociação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

– Em longo prazo, o mercado é o caminho mais certo para a prosperidade duradoura – disse ele, pedindo aos demais 33 países na cúpula que "mostrem ao mundo que sociedades livres e mercados livres podem proporcionar reais benefícios a nossos cidadãos''.

Mas vários países latino-americanos deram recentemente guinadas à esquerda, e por isso as políticas econômicas defendidas por Washington já não despertam grande entusiasmo na região. Brasil e Argentina, que defendem o livre-mercado, criticam com dureza a política comercial dos EUA, dizendo que os enormes subsídios que Washington oferece a seus agricultores acaba fechando o mercado do país a produtores mais eficientes do sul das Américas.

A guerra contra o Iraque também é muito impopular na América Latina, e cada vez mais líderes da região se mostram céticos a respeito de reformas neoliberais, que estiveram muito em voga na década de 1990, mas não geraram o crescimento esperado.

– Os grandes desestabilizadores da região são a pobreza e o neoliberalismo – disse o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em discurso na noite de segunda-feira em Monterrey.

O chileno Ricardo Lagos, que comanda uma das economias mais abertas e bem-sucedidas da região, também apontou as fraquezas do modelo neoliberal e a excessiva distância que separa ricos e pobres na região.

– Este não é o continente mais pobre, mas poderia ser um dos mais injustos – afirmou.

Brasil e Venezuela resistem à proposta norte-americana para que desta cúpula saia um compromisso para que a Alca seja efetivamente criada até o prazo de janeiro de 2005, reunindo 34 países e 800 milhões de pessoas em um bloco comercial.

Outra proposta norte-americana que despertou reações negativas foi a de proibir que governos corruptos participem de encontros regionais como este. Críticos dizem que não há critérios claros sobre quem julgaria os governos, e alguns temem que Washington use essa política para isolar seus rivais.

O maior deles, o cubano Fidel Castro (único governante das Américas ausente em Monterrey), já foi duramente criticado por Bush no seu discurso de segunda-feira à noite.

–A ditadura não tem lugar nas Américas. Precisamos todos trabalhar por uma transição rápida e pacífica para a democracia em Cuba – disse ele.

Mas Fidel, há 45 anos no poder, mantém relações amistosas com os presidentes de Brasil, Argentina e Venezuela, todos de esquerda ou centro-esquerda.

Diante de crescentes dificuldades na América Latina, Bush se mostrou ansioso para capitalizar em cima da sua renovada amizade com o mexicano Vicente Fox. Os dois tiveram uma discordância pública em 2003, quando o México recusou apoio à guerra no Iraque, mas se reaproximaram nas últimas semanas, em parte por causa da proposta de Bush para legalizar imigrantes nos EUA, o que pode beneficiar milhões de mexicanos. Em troca, o México prometeu reforçar a segurança em seus aeroportos para vôos com destino aos Estados Unidos.

As informações são da agência Reuters.

 
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