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Israel diz que líder espiritual do Hamas está marcado para morrer

Ahmed Yassin garantiu estar preparado para o martírio

O líder espiritual do Hamas, Ahmed Yassin, é um homem marcado para morrer, disse nesta sexta, dia 16, o vice-ministro de Defesa de Israel, Zeev Boim. A declaração foi dada depois de um atentado suicida no qual morreram três soldados e um membro das forças de segurança israelenses. O clérigo muçulmano, que usa uma cadeira de rodas para se locomover, compareceu às orações de sexta em Gaza como costuma fazer e disse que se entregaria ao "martírio".

O Hamas, grupo islâmico que promete destruir Israel, assumiu a responsabilidade pelo atentado da última quarta realizado por uma palestina mãe de duas crianças. A ação minou ainda mais as chances de que seja retomado o processo de paz patrocinado pelos Estados Unidos.

– Ele está marcado para morrer e é melhor que se esconda nas profundezas da terra, onde não saberá dizer a diferença entre a noite e o dia. Nós o encontraremos nos seus túneis e o liquidaremos – prometeu Zeev Boim.

Em setembro, Yassin sobreviveu a uma tentativa de assassinato de Israel. O país bombardeou um prédio em Gaza quando ele e outros líderes do Hamas deixavam o local. Nesta quinta, o vice-primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, ameaçou retomar os ataques militares contra os ativistas palestinos suspeitos de "planejar ou preparar ações assassinas".

Ao mesmo tempo em que diminuíram os atentados suicidas em Israel, as forças do Estado judaico deixaram de lado os ataques contra líderes do Hamas depois de uma série de tentativas fracassadas. Autoridades israelenses dizem que as operações militares na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e a construção de uma barreira de isolamento dentro da Cisjordânia são responsáveis pela relativa paz.

No entanto, há muitos boatos sobre o acerto de um cessar-fogo com o Hamas, algo que as duas partes negam.

– Repito: não houve espaço para falarmos sobre uma trégua. A resistência tem de continuar até o fim da ocupação – afirmou Yassin, do lado de fora de uma mesquita de Gaza.

Questionado sobre se temia por sua vida, o clérigo respondeu:

– Eles tentaram matar o xeique Ahmed Yassin antes. Gostaria de dizer-lhes: não temos medo de ameaças de morte. Buscamos o martírio.

As informações são da agência Reuters.

 
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