| 18/01/2004 17h17min
O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, elogiou neste domingo, dia 18, o embaixador de Israel na Suécia por ter danificado uma exibição de arte em Estocolmo que mostrava uma mulher-bomba palestina. Segundo Sharon, o diplomata fez uma ação contra o anti-semitismo.
O embaixador Zvi Mazel, que participava na sexta da abertura de um exposição de arte ligada a uma conferência antigenocídio, disse que ficou furioso ao ver a obra do artista Dror Feiler, que consiste numa base retangular cheia de um líquido vermelho. Em cima do sangue simbólico há uma barco com a palavra "Snovit" (Branca de Neve, em sueco), escrita ao lado do retrado da suicida Hanadi Jaradat, que matou 22 israelenses em um atentado perpetrado em um restaurante no norte de Israel em outubro de 2003.
Mazel desconectou os cabos de eletricidade dos holofotes ao redor do trabalho, derrubando uma das luzes na base e colocando Israel em uma polêmica diplomática com a Suécia.
Sharon dedicou seu discurso de abertura no início da reuniçao semanal do gabinete à defesa de Mazel, que é um diplomata veterano.
– Eu liguei para o embaixador israelense e o agradeci por sua posição contra o crescimento da onda de anti-semitismo. Eu lhe disse que o governo está com ele – disse o primeiro-ministro.
Em defesa do seu trabalho e dizendo que não se trata de glorificação do ataque, Feiler disse:
– Sou absolutamente contra homens-bomba. Acho horrível e não serve à causa deles.
Feiler, que vive na Suécia desde 1973, é ativista do grupo Judeus pela Paz Israelense-Palestina, grupo de Estocolmo contrário à ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
O Ministério do Exterior da Suécia disse que Mazel comportou-se de maneira inadequada e que o convocará na próxima segunda para ouvir sua versão do incidente.
Com informações da agência Reuters.
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