| 04/04/2001 12h07min
O tamanho das famílias brasileiras chegou ao fim dos anos 90 menor. O número caiu de 4,5 pessoas, em média, na década de 80, para apenas 3,4 pessoas no fim do século. Os dados constam do estudo Síntese de Indicadores Sociais 2000 divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que faz uma radiografia do país na década de 90. A família tradicional, composta pelo casal com filhos, caiu de quase 60%, em 1992, para 55%, em 1999, ao mesmo tempo em que aumentou a proporção de outros tipos de composição familiar: de mulheres sem cônjuge e com filhos (de 15,1% para 17,1%) e de casal sem filhos( de 12,9% para 13,6%). Cresce também o número de pessoas vivendo só, representando 8,6% em todo o país. A redução do tamanho da família pode ser explicada, sobretudo, pela acentuada queda na taxa de fecundidade nas últimas três décadas, de 5,8 filhos, em 1970, chega a 1999 com 2,3 filhos. Fatores como a mudança de valores culturais do brasileiro e o ingresso maciço de mulheres no mercado de trabalho também influenciaram a redução da família ao núcleo conjugal com filhos. E ainda, o declínio da fecundidade é maior entre as mulheres com nível elevado de instrução. Em 1999, as mulheres com nível de instrução mais baixo (menos de 4 anos de estudo) tinham em média 3, 1 filhos, enquanto as mulheres com 8 anos e mais de estudos tinham em média 1,6 filhos. A renda aparece como determinante do tamanho das famílias, sendo o número de filhos e de pessoas inversamente proporcional à renda familiar. Em 1999, uma família com renda per capita até 1/4 do salário mínimo tinha, em média, cinco pessoas enquanto uma família com renda per capita de mais de cinco salários mínimos tinha, em média, 2,7 pessoas.
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