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O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, enfrenta nesta terça, dia 27, a ameaça de ser derrotado por seu próprio partido no Parlamento. Diversos integrantes do Partido Trabalhista são contra proposta do primeiro-ministro que será votada nesta noite e que aumenta impostos cobrados de estudantes universitários.
As chances de uma humilhação no Parlamento diminuíram um pouco nesta manhã quando o principal "rebelde" do Partido Trabalhista mudou de lado para apoiar a controversa proposta de Blair. O líder trabalhista Nick Brown acredita que outros rebeldes poderiam seguir seu gesto.
Eleito em 1997 com maioria esmagadora dos votos, Blair está de frente para o abismo, com dezenas em seu partido – que ele resgatou da oposição para o poder – ameaçando votar contra o aumento nas taxas, projeto extremamente impopular na Grã-Bretanha. A derrota no Parlamento pode tirar seu mandato dos trilhos.
O vice-premier, John Prescott, disse horas antes da votação que o premier corria o risco de uma derrota humilhante.
– Até agora, para ser absolutamente sincero, o governo será derrotado – disse ele à rádio BBC. A votação deve ocorrer às 21h (horário de Brasília).
Na quinta, dia 29, Blair pode sofrer um golpe ainda mais duro com a divulgação de resultados sobre a investigação do suicídio do investigador David Kelly. Partindo de entrevistas com Kelly, a BBC afirmou que o governo havia exagerado na ameaça representada pelas propaladas armas de destruição em massa de Saddam, justificando assim sua decisão de ir à guerra.
O Inquérito Hutton deve comprovar, entre outras coisas, se o governo Blair vazou propositalmente à imprensa o nome de Kelly em retaliação às revelações feitas por ele à BBC.
Com informações da agência Reuters.
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