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O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, deu neste domingo, dia 25, a sua última cartada para impedir uma indigesta derrota na reforma da educação, iniciando uma semana crítica para o futuro de seu governo. O gabinete fez uma nova concessão aos rebeldes que prometem se opor à política educacional em votação decisiva na terça, dia 27. Já na quarta, dia 28, ocorrerá a divulgação do relatório potencialmente explosivo sobre o suicídio do britânico especialista em armas iraquianas.
O relatório de Lord Hutton sobre a morte do cientista do governo David Kelly é uma ameaça sísmica à autoridade de Blair, já abalada com o fracasso em encontrar armas de destruição em massa no Iraque. Respondendo ao jornal Observer sobre se ainda estaria governando o país no fim da semana, Blair disse que "eu tenho toda a intenção de continuar no cargo".
Mas a derrota do projeto permitindo às universidades cobrarem mais pela educação com a instituição de uma nova taxa será humilhante para um primeiro-ministro que tem uma esmagadora maioria no parlamento e poderia articular um voto de confiança. Num sinal de que a batalha com os rebeldes trabalhistas ainda está em pleno curso, o Secretário da Educação, Charles Clarke, afirmou neste domingo que o projeto de lei trará uma garantia de que o teto da taxa não ultrapassará 3 mil libras (5.526 dólares) até as próximas duas eleições gerais.
– Acho que sairemos vencedores da votação na terça-feira, mas ainda há um caminho a percorrer – disse Clarke à televisão BBC.
A rebelião trabalhista acontece simultaneamente à erosão da popularidade de Blair provocada pela decisão do primeiro-ministro de apoiar a invasão ao Iraque liderada pelos EUA, com a justificativa de que as armas de destruição em massa daquele país eram uma ameaça.
As informações são da agência Reuters.
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