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Até quem quer mudar os rumos do comércio mundial merece ter seu dia de turista. Foi com uma visita ao palácio Taj Mahal que o presidente Lula se despediu da Índia nesta quarta, dia 28. Ele também se justificou junto aos empresários brasileiros, após a bronca do dia anterior.
– Vir à Índia e não vir aqui era não ter vindo à Índia – disse Lula impressionado com o imponente edifício de mármore branco, localizado na cidade de Agra, que é considerado uma das maravilhas do mundo.
O presidente chegou ao país no domingo.
– É um espetáculo, era um desejo meu conhecer – disse.
Lula voou cerca de 40 minutos entre Nova Délhi e Agra com sua comitiva apenas para conhecer o Taj Mahal. Por causa da presença do presidente, o esquema de segurança foi fortemente reforçado no local e nos arredores. Havia policiamento ostensivo em cada cruzamento do trajeto entre o aeroporto e o palácio.
O monumento foi construído no século 17 pelo xá Gihan, muçulmano do império Mogul, para homenagear sua esposa, morta ao dar à luz o seu 14° filho.
Lula posou para fotos no palácio ao lado da primeira-dama, Marisa Letícia, e junto a boa parte da comitiva, como tem feito em outros monumentos de países que visitou, como as pirâmides do Egito. Ao visitar a tumba da princesa, de mármore com pedras preciosas incrustadas, Lula disse a Marisa:
– Espera só o que eu fazer para você – disse.
Mas, perguntado sobre o que iria construir em homenagem à primeira-dama recuou:
– Estou muito velho para isso.
Antes do passeio, Lula ainda participou do encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Índia na cidade de Mumbai, quando amenizou as declarações do dia anterior. O presidente havia dito que os empresários precisam vender mais e chorar menos, o que desagradou executivos brasileiros que o acompanhavam na viagem.
O presidente afirmou que era um desafio que sempre faz aos empresários e que ele não estava se dirigindo àqueles que estavam na Índia, tentando exportar seus produtos.
– Ontem (terça), houve quem achasse que fui duro com os meus companheiros empresários brasileiros quando os desafiei – e não foi a primeira vez. Acho que temos que desafiar a cada dia não os que estão aqui e têm viajado, mas os que ficaram em seus países esperando milagre. No mundo dos negócios não tem milagre, tem trabalho – disse em discurso.
Havia cerca de 200 empresários em Mumbai, a metade deles brasileiros. Afirmou ainda que estava deixando da Índia "com um grupo respeitável de empresários, parceiros, sócios para os investimentos no Brasil''.
Ainda nesta quarta, Lula embarcou para Genebra, na Suíça, onde participa de encontros com investidores e autoridades estrangeiras entre quinta e sexta. Ele vai discutir a criação de um fundo de combate à pobreza e sua sugestão deverá ser a instituição de uma "CPMF mundial'' que recaia sobre o capital internacional.
As informações são da agência Reuters.
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