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 | 28/01/2004 19h24min

Industriais gaúchos pretendem investir R$ 1,64 bilhão neste ano

Redução da taxa de juros interna está entre as maiores expectativas

As expectativas dos industriais gaúchos para 2004, no que se refere à economia, estão mais otimistas do que as previsões do ano anterior. Mesmo sem contabilizar a ampliação da General Motors (GM), a previsão de investimentos para este ano atinge R$ 1,64 bilhão, superior aos investimentos programados em 2003 (R$1,20 bilhão) e 2002 (R$ 386 milhões).

Os dados fazem parte da sondagem Panorama da Indústria, divulgada nesta quarta, dia 28, pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Participaram do levantamento 127 empresas do Rio Grande do Sul.

Os investimentos de R$ 1,64 bilhão estão distribuídos na proporção de 56,7% em capital fixo – sendo 15,1% relativos a obras de construção civil e 41,6% para máquinas e equipamentos – e 10,2% em pesquisa e desenvolvimento de produtos. Também foram citados treinamento de pessoal (7,2%), desenvolvimento e aquisição de tecnologia (7,6%), informática (5,5%), programa da qualidade (6,4%) e participação em feiras e exposições (6,3%).

Ao responder sobre as perspectivas para 2004, os empresários apontaram melhoria do cenário econômico nacional (75%), redução das taxas de juros internas (59,7%), melhoria do cenário econômico internacional (31,5%) e perspectivas de um bom desempenho agrícola (29,8%). No ano anterior, esses mesmos itens em 2003 tiveram os seguinte resultados, respectivamente, 25,5%, 13,5%, 9,9% e 10,3%.

As principais ameaças à economia apresentadas foram: falta de poder de compra da população (52,4%), reforma tributária (45,2%), ausência de uma política de crescimento no âmbito federal (37,1%), inflação e instabilidade econômica interna (28,2%).

– Deve-se levar em conta que a pesquisa foi feita antes da votação da reforma tributária –  lembra o coordenador da Assessoria Econômica da entidade, Igor Morais.

Com relação às empresas, os indicadores mostram o que os industriais gaúchos esperam que devem ter aumento da demanda por seus produtos, folha de salários, vendas no mercado interno, vendas no mercado externo, nível de produção e carteira de pedidos. O item custos de seus insumos ficou entre aumento e estabilidade. Já na previsão de estabilidade ficaram os demais itens: preço de seus produtos, nível de emprego, custos financeiros, inadimplência de seus clientes, margens de lucro e rentabilidade.

– Podemos afirmar que a indústria planeja aumentar sua atuação no mercado interno e com ganhos de produtividade – destaca Morais.

Na situação conjuntural de 2003, conforme o Panorama da Indústria, pode ser destacado que 81,97% dos entrevistados tiveram aumento nos custos dos insumos, 50,52% apresentaram aumento nas vendas para o Exterior, 35,83% reduziram vendas no mercado interno e 48,33% tiveram aumento nos custos financeiros. Os principais entraves ao desempenho das empresas em 2003 apresentados foram carga tributária elevada (66,94%), elevação no custo dos insumos (51,61%) e queda generalizada na demanda de seus produtos (33,06%).


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