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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, disse nesta quinta, dia 29, que o atual processo de paz para o Oriente Médio não estava morto, mas que Israel e os palestinos precisavam adotar medidas para colocar fim à violência na região.
– Faremos o que pudermos e continuaremos a pressionar pela implementação (do plano de paz). Ele (o plano) está com problemas, mas não está morto – afirmou Annan em uma entrevista coletiva realizada no Parlamento Europeu.
Annan disse que o ônus pesava sobre os dois lados, que deveriam fazer "concessões recíprocas e paralelas", adotando medidas para aumentar a confiança mútua e evitar atentados como o desta quinta, que matou dez pessoas em Jerusalém. O plano de paz, que prevê a criação de um Estado palestino até 2005, é patrocinado pela ONU, pela União Européia (UE), pelos EUA e pela Rússia.
O plano exige que os palestinos controlem os ativistas responsáveis pela onda de atentados contra Israel. E exige do Estado judaico o desmantelamento de centenas de pequenas colônias construídas em terra ocupada, a suspensão das obras de expansão dos assentamentos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e condições de vida menos duras para os palestinos.
Cada lado acusou o outro de não cumprir com sua parte, e o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ameaçou adotar medidas unilaterais, legando aos palestinos menos terras do que pretendem, se os esforços de paz fracassarem. As preocupações de Annan foram repetidas por Chris Patten, comissário de Relações Exteriores da UE.
– Acho que o impasse faz deteriorar a situação humanitária. A situação humanitária continua a ser extremamente grave, o que não é o melhor pano de fundo para encorajar as pessoas a serem moderadas – afirmou Patten.
Com informações da Agência Reuters.
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