| 29/01/2004 23h14min
Os cerca de 200 empresários estrangeiros que participaram de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saíram satisfeitos do encontro ocorrido na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra. A equipe econômica do Palácio do Planalto, presente às discussões, apontou as vantagens em investir no Brasil. Os executivos já têm negócios do país se mostram satisfeitos com a atual administração e outros anunciaram investimentos no país.
O presidente da China Aluminium Group, Jack Chen, anunciou a construção de uma fábrica de alumínio no Brasil neste ano. A previsão é que a unidade, com produção prevista de 2 milhões de toneladas de alumínio, deverá ser instalada na região central ou norte do país. Serão utilizados no projeto de US$ 1 bilhão.
– As políticas que têm sido anunciadas são consistentes e indicam que há uma disposição muito clara do governo de criar condições de atração de investimentos adicionais – afirmou Luis Carlos Costamilan, presidente para o Cone Sul da empresa britânica de gás BGG.
– Minha empresa já investiu mais de US$ 1 bilhão no Brasil, certamente mais investimentos existirão – salientou.
Giovanni Norberto Perazzolo, gerente-administrativo da empresa de couros e peles Bermas - uma parceria do grupo italiano Rino Masttroto em parceira com o grupo brasileiro Bertin - tem razões de sobra, segundo ele, para acreditar que investir no Brasil é um grande negócio.
– Começamos cinco anos atrás exportando US$ 20 milhões e, este ano, alcançamos US$ 50 milhões. Foi um desenvolvimento muito rápido – comentou.
Para Charles Edelstinee, presidente da Daussault Aviation, empresa área que detem 20% das ações da Embraer, a política econômica do governo está correta.
– Acredito que as empresas vão investir mais – prevê.
Cesar Alierta, diretor-executivo da Telefonica S.A, da Espanha, disse que sua empresa não vai se beneficiar do plano de Parceria Publico Privada (PPP) porque o programa não comtempla o setor de telecomunicações, mas, segundo ele, a Telefonica pretende aumentar os investimentos no Brasil.
No almoço do presidente Lula com os empresários, também não faltou quem falasse bem do país. O presidente da Daimler-Chrysler no Brasil, Bem van Schaik, fez um pronunciamento apoiando os investimento no Brasil e elogiando as qualidades do trabalhador brasileiro.
– Algumas características do povo brasileiro fazem do país um grande lugar para se viver e trabalhar. Os brasileiros são extremamente abertos, amam aprender e são altamente motivados, comprometidos, bastante qualificados, dedicados, flexíveis e criativos. Mesmo a relação com os sindicatos é muito melhor do que vocês possam imaginar. Por exemplo, nos últimos cinco anos perdemos apenas dois dias de produção em função de greves– ressaltou Schaik.
De acordo com uma pesquisa divulgada no encontro pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, houve aumento de 71,2% nos planos de investimento das empresas no Brasil de 2002 para 2003. O setor petroquímico foi o que mais se destacou.
O governo brasileiro, segundo o ministro, espera receber US$ 20 bilhões de investimenos diretos estrangeiros "nos tempos próximos" em função da estabilidade da economia e das medidas adotadas para incentivar o comércio e o ingresso de recursos. Em 2003, o país recebeu US$ 11 bilhões em investimentos estrangeiros diretos.
As informações são da Agência Brasil.
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