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O governo da Grã-Bretanha afirmou nesta segunda, dia 2, que não influenciará na escolha do novo presidente da BBC. O governo e a emissora, financiada com dinheiro público, travaram um longo embate devido a uma reportagem que acusava a administração do primeiro-ministro Tony Blair de exagerar as informações sobre o Iraque para justificar a guerra.
O presidente da BBC, Gavyn Davies, e o diretor-geral da rede, Greg Dyke, pediram demissão na semana passada depois que o juiz lorde Hutton criticou a emissora duramente em seu relatório sobre a investigação da morte do cientista David Kelly, principal fonte da reportagem.
No domingo, dia 1º, Dyke acusou as autoridades ligadas ao primeiro-ministro de intimidar sistematicamente a BBC e contou ter recebido de Blair uma carta reclamando da cobertura feita pela rede sobre a guerra contra o Iraque. Nesta segunda, dia 2, o Ministério da Cultura da Grã-Bretanha afirmou ter nomeado uma equipe de supervisores para garantir a
integridade do processo de
escolha do novo presidente da BBC.
– Com isso, pretendemos garantir a todos a regularidade do processo. E queremos garantir que o candidato seja de confiança do público e um bom dirigente para a BBC – afirmou uma porta-voz do ministério.
No entanto, Damian Tambini, analista especializado em meios de comunicação da Universidade de Oxford, disse não ter ficado satisfeito com as garantias. Para Tambini, a única forma de restabelecer a confiança da opinião pública é realizar um processo completamente transparente.
Já circulam muitos boatos sobre quem será o próximo presidente da rede, que será o encarregado de escolher um diretor-geral para substituir Dyke. Os nomes incluem o ex-primeiro-ministro John Major e algumas personalidades da televisão, como David Attenborough, conhecido por seus programas sobre a natureza, transmitidos pela BBC.
O presidente interino da BBC, lorde Ryder, disse que não deseja continuar no cargo de forma
permanente. Os anúncios de emprego serão publicados
em breve na imprensa nacional e os interessados serão entrevistados. Um deles será escolhido por um painel e depois recomendado aos ministros que, por sua vez, farão sua recomendação à rainha, que finalmente nomeia o presidente.
Com informações da agência Reuters.
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