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Justiça de Israel avalia legalidade de muro da Cisjordânia

Palestinos ameaçam fazer declaração de Estado independente

A Corte Suprema de Israel deu início nesta segunda, dia 9, a audiências para avaliar a legalidade da barreira física construída pelo governo dentro da Cisjordânia. A atual liderança israelense afirma que a obra visa deter a ação de terroristas suicidas. Mas os palestinos acusam o Estado judaico de tentar se apropriar de terras deles.

Nesta segunda, uma autoridade palestina disse que líderes estão considerando a possibilidade de unilateralmente declarar um Estado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza como resposta às ameaças de Israel de levar adiante medidas de partição de terras não-discutidas, como o muro. Os Estados Unidos dizem que apoiarão um Estado palestino somente através de negociações com Israel.

O caso da separação de terras deve dar ao governo uma amostra do que pode acontecer na Corte Internacional de Justiça, que começa a discutir a mesma questão a partir do final deste mês. O Centro Hamoked para a Defesa do Indivíduo e a Associação para os Direitos Civis de Israel contestam a legalidade da barreira. A obra, feita de muros de concreto em alguns trechos e de cercas de arame farpado e eletrificado em outros, limitou o acesso dos palestinos a campos de cultivo, a escolas e a vilarejos vizinhos.

Segundo Israel, a construção, em grande parte ainda não concluída, já deteve a ação de terroristas suicidas em suas cidades. Os palestinos afirmam que o projeto lhes tirará terras onde deveriam fundar um futuro Estado.

– Realmente, a vida dos palestinos ao longo da fronteira da Cisjordânia não é fácil – afirmou o gabinete do ministro de Justiça do país, em uma resposta escrita apresentada à corte e enviada aos meios de comunicação do Estado judaico.

– No entanto, não devemos nos esquecer de que a vida na estrada de Gaza ou em Jerusalém também não é fácil. E também não é fácil ter uma vida normal nos restaurantes Maxim ou Matza, de Haifa – disse a carta, referindo-se a lugares onde dezenas de pessoas foram mortas em atentados suicidas.
 
Saeb Erekat, ministro do governo palestino, respondeu às novas medidas com um apelo aos norte-americanos para que pressionassem Israel e convencessem o país a suspender imediata e completamente a construção da barreira.

As informações são da agência Reuters.


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